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Sábado, 27 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Família acusa hospital de negligência em caso de morte por nova gripe

A Secretaria da Saúde de Minas Gerais confirmou, nesta terça-feira (25), 12 óbitos por causa da nova gripe no estado.


A família da primeira vítima da doença na capital reclama de negligência no atendimento. Valquíria Melo de Carmo tinha 26 anos e estava grávida de oito meses. Ela morreu no Hospital Mater Dei.

Segundo a família, antes de ser internada, ela tinha procurado atendimento médico na unidade por três vezes. A jovem tinha sintomas de gripe e estava preocupada.

“Nós fomos lá três vezes, com a mesma médica. E nas três vezes, a médica só receitou remédio para febre. Remédios simples, que nós compraríamos em qualquer farmácia”, diz Marli Antônia de Melo, mãe de Valquíria.

Como não melhorava, a mãe contou que a jovem decidiu voltar ao hospital mais uma vez e insistiu. Segundo Marli, somente nesse dia a filha foi internada, já com pneumonia. Depois, os exames comprovaram que ela tinha sido vítima da nova gripe.

“Se tivesse sido antes, ela não teria pegado pneumonia desse jeito. Quando ela fez o raio-x, tinha um pedaço do pulmão dela tampado. No outro dia, tampou tudo”, diz Marli.

O hospital divulgou uma nota em que confirma que a jovem passou 28 dias em tratamento. A unidade informa que ela foi internada com problemas respiratórios agudos e que dois dias depois, com a piora do quadro, foi levada para o Centro de Tratamento Intensivo. Ainda de acordo com o hospital, no local, ela teria recebido todos os cuidados indicados para o caso.

Sobre os atendimentos antes da internação e a acusação de negligência, o hospital não se pronunciou. Na nota, esclarece apenas que, diante da piora da paciente, o parto foi antecipado para garantir a vida do bebê. A criança nasceu saudável.

Mas a família não se conforma com a morte da jovem. “É muito triste para uma mãe, na hora de ganhar o filho, acontecer isso”, diz Marli.

Segundo a Secretaria da Saúde, grávidas com sintomas de gripe pertencem ao grupo de risco e devem ter atendimento especial desde a primeira consulta. “No caso da grávida que tem sinais de risco, ela deve ser internada e tratada”, afirma Welfane Cordeiro Junior, da Secretaria da Saúde em Minas Gerais.

O nome da médica que fez os atendimentos não foi divulgado
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