Cientistas argentinos desenvolveram um método que melhora as amostras de espermatozóides utilizadas para as técnicas de fertilização assistida, segundo confirmaram nesta terça-feira à Agência Efe fontes da pesquisa.
"A nova metodologia consiste na seleção dos espermatozóides que são usados em um procedimento de reprodução assistida", disse a bióloga argentina Vanesa Rawe em entrevista à Efe.
Rawe, do Centro de Estudos em Ginecologia e Reprodução (CEGyR) da Argentina, líder da pesquisa, explicou que essa seleção está baseada em uma propriedade molecular que têm certos espermatozóides anormais e que consiste "na exposição de uma molécula na porção exterior do espermatozóide".
São os denominados espermatozóides apoptóticos, aqueles que "têm níveis de fragmentação do DNA elevados e que têm uma má previsão para fecundar com sucesso um óvulo e gerar um embrião com possibilidades de implantação", explicou a investigadora.
"Com um filtrado que reconhece essa molécula, é possível enriquecer a amostra de espermatozóides, descartando os anômalos e utilizando só os normais para fecundar óvulos", acrescentou a científica.
Técnicas similares já tinham sido utilizadas na Alemanha para a reprodução animal, mas os cientistas argentinos desenvolveram um método para aplicá-lo a pacientes humanos com problemas de fertilidade.
"Conseguimos pela primeira vez no mundo obter gravidezes com este método e em breve vamos ter nascimentos", destacou Ra