Para tentar contornar os problemas causados pelas demissões de cirurgiões,  a Secretaria de Saúde de Cuiabá  pediu à Secretaria estadual   apoio financeiro de R$ 500 mil por mês para contratar cirurgiões individualmente ou via empresas terceirizadas, a fim de garantir atendimento a pacientes cirúrgicos no Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, sejam residentes na capital ou no interior, já que o HPSMC é referência na rede estadual de atenção a urgência e emergência do Estado de Mato Grosso.

Segundo o secretário Luiz Soares, o que levou o município a solicitar ajuda à SES foram os pedidos de demissão de médicos cirurgiões do Box de Emergência do Pronto Socorro oficializados no dia 1º de outubro. “Há 30 dias estamos negociando, sem sucesso, com o Sindimed, apesar de já termos sinalizado positivamente a várias reivindicações”, frisa Luiz Soares.

O secretário lamentou que o atendimento a pacientes de todo o Estado esteja prejudicado pela radicalização do sindicato, que inclusive não está cumprindo ordem judicial expedida pelo Tribunal de Justiça na última sexta-feira e que obriga a manutenção de 50% da escala normal de plantão em todas as unidades de saúde do município.

No mesmo ofício, o secretário Luiz Soares ressalta que desde 2007, como já é do conhecimento do secretário estadual de Saúde Augustinho Moro, o Comitê Gestor Estadual de Urgência e Emergência delimitou a área de abrangência para a atuação do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) na  Região Metropolitana de Cuiabá. Porém, até hoje ainda não foram desenhadas as referências e conta-referências para o seu atendimento.

“Assim sendo, os pacientes de maior gravidade resgatados pelo SAMU na região metropolitana devem ser encaminhados para outra referência, neste caso o Pronto Socorro de Várzea Grande, e que os pacientes de menor gravidade encaminhas às Policlínicas da Capital para que nenhum cidadão sofra maiores prejuízos relacionados ao atendimento”, diz o ofício encaminhado pela SMS.
 
A respeito do anúncio de novos pedidos de demissão de médicos pediatras do Pronto Socorro de Cuiabá feito hoje pelo Sindimed, o secretario Luiz Soares faz uma observação: “o pedido de demissão por si só não exclui os médicos das penalidades previstas na Lei Penal e no Código de Ética Médica”.

C/ Informações  Assessoria SMS