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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Especialistas lançam alerta sobre pandemia de Aids

A menos que haja uma mudança dramática na abordagem, a epidemia de Aids ainda estará fora de controle no seu 50º aniversário, em 2031, conforme a previsão de um painel de especialistas sobre a doença, em análise publicada na terça-feira (3) no jornal "Health Affairs".


O principal autor do estudo, Robert Hecht, economista e ex-responsável por políticas das Nações Unidas e da International AIDS Vaccine Initiative, previu que, até essa época, os países pobres precisariam de US$ 35 bilhões por ano – três vezes mais do que é gasto atualmente – para tratar pacientes de Aids, cuidar dos órfãos e realizar trabalhos de prevenção.

Esse resultado custaria US$ 772 bilhões em 22 anos, ou quase US$ 8 mil para cada infecção evitada (os preservativos são baratos, mas o preço inclui drogas que diminuem os níveis virais e evitam transmissões de mãe para filho).

Seus modelos econômicos partiram do pressuposto que os preservativos, as drogas e as circuncisões se tornariam amplamente disseminados, mas que não haveria um microbicida nem uma vacina.

Países que estão passando por um rápido processo de desenvolvimento, como Brasil, Índia, México e Rússia, deveriam poder pagar pelo combate a suas epidemias relativamente pequenas, disseram os autores.

Países do sul da África precisarão de apenas alguma ajuda, embora apresentem os maiores índices de contaminação pelo HIV do mundo. Porém, grande parte da África, especialmente o Quênia, Moçambique, Uganda e Zâmbia, permanecerão altamente dependentes de doadores.

Dada a atual crise econômica, países ricos podem responder apenas por 30% do necessário; eles agora respondem por 43%.

"Estamos diante de uma crise enorme", disse Hecht.
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