O governo francês anunciou neste sábado que vai reforçar os centros de vacinação de gripe suína (A H1N1) e comunicou que os militares da área de saúde do Exército vão se unir a tarefa.

"O serviço de saúde do Exército vai ser chamado para reforçar", anunciaram os ministérios franceses do Interior e de Saúde em comunicado conjunto.

Com o objetivo de atender o crescimento da demanda aos postos de vacinação, o Governo deve pedir também apoio de estudantes de medicina voluntários e médicos de empresas privadas.

Com isso, o governo pretende frear a aglomeração de pessoas nesses centros que, o que em alguns casos, gera "apreensão", especialmente nas cidades, acrescenta a nota.

Além de buscar mais soldados, o Governo deu instruções às Prefeituras para que ampliem os horários de atendimento e aumentem a capacidade de vacinação.

O anúncio foi feito um dia depois de o Instituto Nacional de Vigilância Sanitária (INVS) francês confirmar a morte de dois pacientes que apresentaram "mutações no genoma do vírus da gripe A".

Segundo o organismo público, é a mesma mutação constatada na Noruega e que "poderia aumentar a capacidade do vírus" para alcançar as vias respiratórias e chegar com maior rapidez ao tecido pulmonar.

Os dois mortos franceses não tiveram contato entre eles e estavam hospitalizados em cidades diferentes.

Em um deles foi constatado "outra mutação conhecida por provocar resistência ao oseltamivir", um dos dois princípios ativos do antiviral Tamiflu, utilizado para combater a gripe.