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Quinta-feira, 04 de julho de 2024

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Nasa coloca satélite explorador infravermelho em órbita na segunda

A maior parte de objetos do Universo, como estrelas e planetas, é duplamente invisível. Sua luz vem na forma de infravermelho, ou radiação de calor, com comprimentos de onda grandes demais para nossos olhos.


Além disso, a maioria dos comprimentos de onda infravermelhos não penetra na atmosfera terrestre para chegar até os habitantes do planeta.

Nasa

Nesta segunda-feira (14), astrônomos receberão um pouco mais de ajuda, quando a Nasa (agência espacial norte-americana) coloca em órbita o Wide-field Infrared Survey Explorer (Wise, ou "Explorador para Pesquisa com Infravermelho em Campo Amplo", em tradução livre).

O lançamento estava previsto para esta sexta-feira (11), mas foi adiado por problemas técnicos.

Circundando a Terra numa órbita polar a cerca de 480 quilômetros de altitude, o satélite, equipado com um telescópio de 16 polegadas e detectores infravermelhos, irá fotografar todo o céu a cada seis meses.

Sucessor

O Wise é um sucessor do Infrared Astronomy Satellite (Iras), lançado em 1983 e que fez os primeiros mapas de calor do céu. E é um abre-alas para o gigantesco Telescópio Espacial James Webb, programado para 2014.

Porém, enquanto o Iras tinha 62 pixels em sua câmera, o Wise traz 4 milhões, disse Edward L. Wright, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, principal pesquisador da nave. Como resultado, o Wise será centenas de vezes mais sensível que seu predecessor, e capaz de pesquisar em um espaço muito mais amplo.

Wright disse que ele e seus colegas esperavam ver milhões de novas fontes de infravermelho, incluindo galáxias ultraluminosas que estão criando estrelas no interior de coberturas de poeira, e milhares das quase-estrelas frias conhecidas como anãs marrons --que são maiores que Júpiter, mas pequenas demais para iniciar reações termonucleares.

"Deveríamos descobrir quantas anãs marrons frias e antigas estão por aí", disse Wright.

Os outros alvos principais incluem asteroides, especialmente os chamados objetos próximos à Terra, que poderiam algum dia ameaçar a civilização. Os astrônomos do Wise esperam medir os diâmetros de centenas de milhares de asteroides, além de obter uma noção mais apurada do perigo que eles podem representar.

Wright contou que o projeto já consumiu quase 12 anos de trabalho e custou US$ 320 milhões, incluindo operações e lançamento.

"O que esperamos fazer é encontrar os objetos mais interessantes para serem observados pelos telescópios da próxima geração", disse ele.

"Se não encontrarmos algo totalmente inesperado", ele acrescentou, "ficarei surpreso".
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