Os Reis Magos eram homens de ciência em um sentido amplo, que observavam o cosmos e o consideravam praticamente como um grande livro cheio de sinais e mensagens de Deus para o homem"
O papa Bento XVI afirmou nesta quarta-feira (6) que a ciência, por si só, não basta para compreender a realidade que só pode ser apreendida através da unidade entre "inteligência e fé, ciência e revelação", que foram as duas luzes que guiaram os Reis Magos a Belém.
Após a missa da Epifania do Senhor realizada na Basílica de São Pedro, o papa rezou Ângelus diante de cerca de 6 mil pessoas na praça do mesmo nome, onde há um enorme presépio.
Bento XVI reafirmou a necessidade de uma ciência que não seja "autossuficiente", aberta a "posteriores revelações e chamadas divinas".
Explicou que os Reis Magos "eram modelos dos autênticos buscadores da verdade" e "sábios", mas não se envergonharam de pedir instruções aos chefes religiosos da Judeia para chegar a Belém.
Os Reis Magos, que observavam os astros e conheciam a história dos povos, "tinham necessidade das indicações dos sacerdotes e dos escribas para saber exatamente o lugar para onde ir", explicou.
"Eram homens de ciência em um sentido amplo, que observavam o cosmos e o consideravam praticamente como um grande livro cheio de sinais e mensagens de Deus para o homem", disse.
Seu saber, portanto, longe de considerá-lo autossuficiente, estava aberto a posteriores revelações e chamadas divinas, tanto quanto para não se envergonhar de pedir instruções, afirmou o papa.
Portanto, os Reis Magos - segundo o papa - são exemplo de unidade entre inteligência e fé.
O Ângelus do dia da Epifania do Senhor foi fechado com uma invocação à Virgem Maria, "modelo de verdadeira sabedoria", para que ajude os homens a "serem autênticos buscadores de Deus, capazes de viver na profunda sintonia entre razão e fé, ciência e revelação".
Depois, o papa cumprimentou as Igrejas Orientais que amanhã comemoram o nascimento de Jesus.