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Quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Médico do HGU informa sobre o ‘Dia Mundial de Combate ao Câncer’

Atualmente, o câncer é a segunda causa de morte por doença, no Brasil. Em comemoração na próxima quinta-feira (08), ao ‘Dia Nacional de Combate ao Câncer’, os médicos alertam a sociedade para a prevenção da doença.


Segundo o chefe do departamento de Clínica Médica do HGU, o oncologista clínico Marcelo Bumlai, o objetivo deste dia é para informar a população sobre prevenção, tratamento e, sobretudo, a atenção à dor física e emocional de pacientes e seus familiares.

Dados do Instituto Nacional do Câncer - INCA, os cânceres mais comuns entre os brasileiros são de: próstata, mama, pulmão, cólon e reto, estômago e colo do útero. Os cânceres de pele, do tipo não-melanomas são os mais comuns (carcinomas dos tipos basocelular e espinocelular), no entanto tem uma taxa de mortalidade baixíssima, sendo curados com muita freqüência apenas com a ressecção local com margem de segurança.

O câncer de pulmão é um dos piores de todos, com uma taxa de mortalidade ainda muito elevada no mundo todo. Nas últimas décadas a doença cresceu no Brasil, cerca de 60% entre os homens e 134% entre as mulheres, pois aumentou muito o índice de tabagismo entre mulheres. O tabagismo passivo também tem uma pequena parcela de culpa. Esse tipo de câncer ainda é um dos maiores causadores de morte por câncer, a despeito de todos os progressos nos campos da cirurgia, radioterapia, quimioterapia e dos recentes avanços em biologia molecular, com a criação de novas armas terapêuticas, como os anticorpos monoclonais e os inibidores de tirosino-quinases.

Já o câncer de mama, atinge cerca de 40 mil brasileiras por ano, em famílias com predisposição genética a incidência pode ser muito elevada. Hoje são conhecidas algumas causas genéticas que podem explicar isso, como as mutações dos genes BRCA 1 e 2.

Bumlai ressalta que é importante que a mulher, a partir dos 20 anos de idade, comece a fazer o auto-exame, apalpando os seios logo após o período da menstruação. Mulheres com mais de 35 anos devem fazer mamografia anualmente, a fim de assegurar que não estão desenvolvendo a doença. Em qualquer dúvida, um profissional médico deve ser consultado (antes prevenir do que remediar, não é mesmo?).

Outra informação dada pelo INCA, é que o câncer de colo de útero é responsável pela morte de quatro mil pacientes por ano no Brasil. Este tipo de câncer muito freqüentemente é causado pelo vírus papiloma humano (HPV – Hominis papova viridae), mais conhecido popularmente como “crista de galo” ou condiloma acuminado. Trata-se de uma doença de transmissão sexual e que pode ser evitada pelo uso de preservativos.

O Dr. Marcelo Bumlai informou que os sintomas para esse tipo de câncer são corrimentos vaginais contínuos, sangramentos e dores durante as relações sexuais. Quando a mulher percebe esses sintomas, a doença já pode estar até em estágio avançado, e por isso, o melhor a fazer é se prevenir através do uso de preservativos e ir regularmente ao ginecologista.

Para Marcelo, o câncer de próstata ainda preocupa muito a classe médica. Trata-se de uma doença que pode ser diagnosticada com o exame do toque retal, que é de fácil realização e de baixíssimo custo. Um problema que ainda se observa é que muitos homens não aceitam ser submetidos a essa forma de análise, e isso pode atrasar o diagnóstico da doença, permitindo que casos avançados ocorram com freqüência.

Marcelo diz que outra preocupação dos oncologistas é referente à pele da nossa população, que com freqüência sofre com a grande exposição ao sol, sem a utilização de protetor solar. Principalmente aqueles de pele mais clara. Deve-se tomar o cuidado de evitar a exposição solar nos horários de maior incidência de radiação ultravioleta, normalmente no período entre as 10h e às 14h.

Dados do INCA informam que no Brasil, a incidência dos cânceres de pele do tipo não-melanoma têm sido maior do que 100 mil novos casos por ano. Esses tipos de câncer de pele são muito freqüentes, no entanto quase não tem mortalidade, pois são facilmente curáveis com a cirurgia, e não há indicação de quimioterapia. Já os cânceres de pele do tipo melanoma são muito menos freqüentes, no entanto podem ser extremamente agressivos, e mesmo lesões de pequeno tamanho podem causar doença metastática e morte. Estes são tumores que devem ser tratados agressivamente com cirurgia, e podem ser necessários o uso de quimioterapia e imunoterapia.

“Considerando tudo isto, a prevenção contínua é a melhor opção para sairmos vitoriosos nesse combate contra o câncer”, finaliza Bumlai.
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