Ela experimentou a maternidade novinha, aos 20 anos, e agora, aos 39, voltou a trocar fraldas e dar de mamar. Virna é mãe de Vitor, 20, e de Pedro, de sete meses. “Estava com as trompas obstruídas, precisava fazer tratamento e papai do céu me presenteou com a gravidez. Foi uma surpresa”, conta a ex-jogadora. “Está sendo fantástico. Mas são momentos completamente diferentes. O Vitor interage não só como irmão, mas como educador. É muito bacana”.

Quando o filho mais velho nasceu, Virna ainda estava na seleção brasileira, e por isso vivia viajando. “Me ausentei bastante, não participei de festinhas na escola e sempre sentia muita falta de estar mais presente. Quando tinha tempo, me dedicava de corpo e alma a ele, mas sei que a ausência foi algo forte na nossa relação. Não vi meu filho falar, andar, ficava às vezes 40 dias fora com a seleção. Sofri muito, me culpava”, conta.
Bem diferente de sua rotina atual. Virna se aposentou das quadras de vôlei – ela agora dá palestras e participa de projetos esportivos organizados por um banco - e tem mais tempo para a maternidade.

“Pedro chegou em um momento em que estou mais madura, mais preparada, com mais tempo para estar com ele. Estou conseguindo organizar a minha vida pessoal, o que antes a carreira como jogadora não permitia”, diz.

“Tive o Vitor com 18 anos. Era muito nova, tinha pouca maturidade e minha mãe esteve muito presente, me orientando, ajudando. Já com o Pedro é totalmente diferente. Realizei meus sonhos profissionais, então a maternidade é mais tranquila. E a gente fica mais bobona, parece que esquece como foi a primeira vez”.

Dia das Mães

Virna pode estar com quase 40 anos, mas a disposição de atleta é a mesma. “Me sinto jovem, com disposição para acordar cedo, para ver o Pedro sorrindo”, conta ela, que se mudou para Campinas por causa do atual marido e pai do bebê, o empresário Rodrigo Piovezan, que já morava na cidade.

Lá, a ex-jogadora costuma levar Pedro ao clube e à fazenda que a família tem na região. Com o filho mais velho, que mora em São Paulo, ela cai na balada. “Vamos a bar com os amigos, no carnaval à Sapucaí ou a Salvador... Costumo frequentar para conhecer as amizades, as namoradas, ser uma mãe participativa, amiga”. Neste domingo, 8, Virna diz que ficará em casa com a família. “Vou passar o Dia das Mães agarradinha com meus filhos e meu marido. Para mim, este é o dia perfeito”.