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Sábado, 27 de julho de 2024

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Jayme Monjardim estuda público infantil para dirigir 'A Turma do Didi'

Em tempos de internet e febre de games, não é fácil atrair os "pequenos" para a frente da TV. E é exatamente em cima dessa dificuldade que Jayme Monjardim concentra a direção da nova temporada do A Turma do Didi, dominical de Renato Aragão. Para elevar a audiência do infantil, entre 12 e 15 pontos de média, o diretor pretende explorar mais efeitos especiais, principalmente os realizados com computação gráfica.


"Não dá para decepcionar as crianças. Elas hoje têm contato com a internet e com games bem desenvolvidos. É preciso cuidado para não apresentar algo aquém do que elas esperam", analisa Monjardim, que já teve de trabalhar o conceito de programas infantis na Manchete entre 1999 e 2001.

Além de dirigir o programa de Renato Aragão, Jayme já iniciou seus trabalhos em Viver a Vida, novela de Manoel Carlos que substituirá Caminho das Índias na Globo. "Vamos viajar no início de maio para Israel, Jordânia e Paris, quando começam as gravações", adianta.

Leia trechos da entrevista com o diretor:

Você não trabalha com produções infantis há muito tempo. Como está lidando com esse retorno?
Na verdade, o papel da direção é muito mais dar uma força na produção da idéia do que qualquer outra coisa. Mesmo em uma novela. As pessoas acham que só dirigimos as cenas na câmara, mas é uma conceituação. E isso é muito mais difícil. O conteúdo é o que ajuda na hora de definir esse conceito. E, no nosso caso, é o conteúdo do Renato Aragão que faz o programa. Isso é imutável. As mudanças vêm em como vestir isso.

Que mudanças serão vistas no ar?
Vamos contar com participações especiais de artistas vinculados à emissora. Na estréia, temos o Tiago Lacerda. Depois, gravaremos com a Letícia Spiller. E muitos outros nomes de peso vão ajudar. Além disso, estamos trabalhando em cima de efeitos especiais, trabalhados com computação gráfica.

O público infantil atual é bem diferente do que você se acostumou a trabalhar na Manchete. A tecnologia é uma forma de tentar atrair essas pessoas?
Sim. As crianças de hoje não têm o mesmo perfil de antigamente. Têm contato grande com a comunicação. Um menino de seis, sete anos, já se conecta à internet. Precisamos reestudar as crianças. Quando a gente começa a botar alguns efeitos diferentes, de computação gráfica, é justamente para tentar trazer esse público que já está tecnologicamente avançado.

Que tipos de pesquisas você faz para entender o perfil atual do público infantil?
Estamos no momento de reestudar o comportamento da TV em relação ao público infantil. É preciso uma reflexão sobre o que a criança quer ver e, principalmente, de que forma ela quer ver. Temos pesquisas da própria emissora que são usadas para levantarmos os horários que mais agradam a essa fatia, para vermos como o público está se comportando, para onde ele está migrando. E precisamos desse tipo de levantamento não só agora, mas constantemente.

O Renato Aragão tem um humor que pode ser considerado inocente. Isso dificulta esse processo de mudança?
A gente tem de somar, e não subtrair. Não dá para perder a pureza do passado, mas tem de se acrescentar algo do presente. As crianças também não querem só tecnologias, eles gostam dessas trapalhadas mais puras características do Renato. A tecnologia é um complemento a essa fórmula, que sempre funcionou. E o programa do Renato é para a família. A intenção é juntar ao redor da TV o pai, a avó e as crianças. Você tem de equilibrar, tentar agradar a todos. Não é fácil, é uma arquitetura grandiosa. Mas se a fórmula estivesse perdida, o programa não teria média entre 12 e 15 pontos, como conseguiu nas últimas temporadas. Para domingo, é muita coisa.

A Turma do Didi tem estréia prevista para o dia 12 de abril, na Rede Globo.
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