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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Cover brasileira de Amy Winehouse dobra shows: ‘Os fãs querem mais dela’

Foto: Divulgação

Cover brasileira de Amy Winehouse dobra shows: ‘Os fãs querem mais dela’
Apesar de não identificar em si semelhanças físicas com Amy Winehouse, Miranda Kassin capricha no topetão e no lápis de olho na hora de subir ao palco para fazer seu show cover - ou tributo, como ela prefere - da cantora inglesa, morta no sábado, 23. Depois da data fatídica para a londrina de apenas 27 anos e seus admiradores, a brasileira de 30, cantora desde a infância, tem sido ainda mais requisitada para apresentar o show "I Love Amy".


De dez shows mensais no centro do país, interpretando canções como "Back to Black", "Wake up Alone" e “You know I’m no good", ela já foi solicitada para mais de 20 aparições em todo o Brasil desde sábado. "Foi uma comoção mundial, e os fãs querem mais dela", avalia a paulistana, há três anos em turnê com o espetáculo.

De malas prontas para enfrentar platéias de Manaus, Macapé, Belém e Santa Catarina, Miranda conta que os fãs têm interagido, emocionados, nas apresentações. "Todos sentiram uma grande dor, foi inesperado. Para o fã, o ídolo nunca vai abandoná-lo", disse ela, que cantou à capela "Tears dry on their own", no "Fantástico", no domingo, 24.

Ao mesmo tempo em que se declara "louca por Amy", Miranda deixa claro que não tenta imitá-la. "Não sou sósia e nem cover, meu timbre também é muito peculiar. Mas as pessoas encontram em mim a proximidade com a obra dela".

No entanto, não se incomoda de ser comparada. "Meu amor por ela e o que representou para a música é muito maior. Não tenho medo de parecer 'oportunista', porque meu público sabe que sou Miranda Kassin acima da morte dela", diz ela, que está prestes a lançar disco solo.



Apaixonada por soul, Miranda descobriu o gosto pela música ao frequentar igrejas protestantes nos Estados Unidos, no tempo em que morou no país, dos 18 aos 23 anos, onde via os corais. "No Brasil não acreditei que não tivesse espaço para esse tipo de música. Não queria cantar MPB como todo mundo", lembra.

Foi quando montou uma banda, a Cantrix, com outras três cantoras, encontrando seu espaço. "Em 2007 comecei um trabalho solo, e descobri Amy Winehouse. Pensei 'essa mulher é genial, preciso trazê-la para perto do público brasileiro, dar a chance de eles conhecerem o trabalho dela'", conta.

Miranda pinçou canções preferidas do repertório de suas divas da música e montou o espetáculo "Miranda Kassin em Divas do Soul", onde Amy ganhou um bloco inteiro, chamado "I Love Amy". "Sempre fui enlouquecida pelo trabalho dela, mas como sua obra não era muito grande, tive que juntar outras composições", explica.

Abalada com a morte de Amy, ela não sabe qual será o futuro do show. "Como é muito recente, a gente não sabe o que vai fazer e como lidar. Recebo muitos e-mails de fãs pedindo para eu continuar, e inclusive ampliar o show. Por que não, né?"

Miranda diz que não sabe, no entanto, se terá estrutura para a tarefa. "Não sei até onde aguento emocionalmente. Passei o fim de semana (da morte dela) muito triste. Começo a cantar suas músicas e choro", diz. "Acho que continuo até onde aguentar e não interferir no meu nome como cantora", emenda.

Nas lembranças, vai guardar o encontro que teve com Amy, em fevereiro, quando abriu o Summer Soul Festival para ela, em São Paulo. "Nosso contato foi rápido, porque ela estava rodeada de seguranças, como um bichinho do mato. Dava para ver que estava insegura e não queria ninguém perto", lamenta. "Tive um contato breve, mas não pensei que seria o último", acrescenta.
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