Olhar Direto

Sábado, 27 de julho de 2024

Notícias | Variedades

Woody Allen acusa grife de intimidação em processo

O cineasta americano Woody Allen, 73, acusou a grife American Apparel de tentar assediá-lo e intimidá-lo em um processo que ele move contra a firma.


O diretor disse que a empresa está fazendo uma "abordagem devastadora" sobre sua vida pessoal para se livrar de uma indenização de US$ 10 milhões (R$ 22 milhões) que Allen exige por uso indevido de sua imagem em uma propaganda.

A acusação foi apresentada à Justiça nesta quarta-feira (14) e diz que a American Apparel foi muito longe ao pedir informações sobre a vida familiar, as finanças pessoais e a carreira de Allen.

O imbróglio é decorrência de um processo que Allen moveu contra a empresa no ano passado por uso não autorizado de sua imagem em outdoors de Nova York e Los Angeles.

Na propaganda, Allen aparecia vestido como um judeu ortodoxo, de barba e chapéu, em uma imagem tirada do filme "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (1977).

A propaganda continha um tom irônico, já que a grife, com filiais espalhadas pelo mundo--inclusive em São Paulo-- é conhecida pelos modelos curtíssimos ou semitransparentes.

A ação de Allen diz que a propaganda leva a crer que ele apoia ou está associado à marca. Já a empresa diz que os outdoors ficaram à mostra por menos de uma semana.

O advogado da empresa, Stuart Slotnick, disse nesta quarta-feira (14) que Woody Allen está superestimando o valor de sua imagem no processo. Disse que, para a companhia, "o desejo de que Woody Allen apoie seus produtos não é o que ele acredita que seja".

Escândalos

Para reforçar este ponto de vista, o advogado da American Apparel admitiu que está colhendo documentos que possam comprovar a imagem negativa de Allen, por causa de sua tumultuada vida pessoal, especialmente seu casamento com a atriz Mia Farrow.

Em 1992, os dois se separaram quando ela descobriu que ele estava tendo um caso com a filha adotiva do casal, Soon-Yi Previn, que na época tinha 22 anos. Allen se casou com Previn em 1997.

Farrow ainda acusou Allen de abuso sexual de outra filha adotiva, Dylan. O diretor foi inocentado das acusações, mas perdeu a guarda da menina para Farrow.

Reação

No processo movido contra a empresa, Allen classificou a propaganda como "barata" e "infantil". Disse que, caso aceitasse fazer um comercial, teria que ser muito bem pago e teria que ser algo inteligente e criativo. Afirmou que fazer propaganda para a American Apparel é como pedir para ele fazer anúncios de cigarros ou desodorantes.

Os advogados de Allen disseram que os pedidos de documentos sobre seus escândalos sexuais e a custódia de Dylan são "vexatórios, opressivos, intimidantes e irrelevantes".

Slotnick se recusou a comentar se algum acordo poderia ser obtido, mas sinalizou que a empresa está aberta para evitar o processo, dizendo que ela se desculpou por usar a imagem do diretor.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet