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Domingo, 28 de julho de 2024

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Jogador utilizou celular de Timóteo dois dias após roubo, diz delegado

Dois dias depois do roubo ao apartamento do vereador e cantor Agnaldo Timóteo, o jogador de futebol, de 19 anos e suspeito de ser o mentor do crime, passou a utilizar o celular da vítima, com quem tinha amizade, segundo o delegado titular da Delegacia de Repressão a Roubos e Extorsões do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), Edison Santi.


Foi por meio da monitoração do aparelho que a polícia confirmou a participação do jovem e efetuou a sua prisão no último dia 8, quando teve a sua prisão preventiva decretada. "Dois dias depois do roubo, o celular começou a ser utilizado. Descobrimos então que era este rapaz quem o estava utilizando, apesar de habilitar o aparelho no nome de um terceiro. Havia ligações para a casa da mãe dele", afirmou.

O roubo ocorreu na noite do dia 28 de abril. O apartamento do vereador fica na Consolação, no Centro de São Paulo. Segundo o delegado, o jogador de futebol, que frequentava a casa de Agnaldo Timóteo e desfrutava de sua confiança, teria tramado o roubo com um outro rapaz, supostamente de 27 anos, que conheceu em uma quadra na qual se encontravam aos sábados pela manhã.

Nestes encontros, o jovem preso teria relatado a existência de duas tevês de 42 polegadas de plasma e de um cofre no apartamento. "Ele (o rapaz preso) pensou que havia muito dinheiro no cofre. No dia seguinte, o segundo rapaz lhe falou que só havia um relógio e que assim que o vendesse entregaria a parte dele, mas não se encontraram mais depois disso", afirmou o delegado.

No dia do crime, o rapaz confirmou que desceu até o estacionamento de um supermercado e que entregou a chave do portão para o comparsa bem como informações sobre a localização do cofre, segundo o delegado. Em seguida, quatro homens invadiram o prédio e depois o apartamento, rendendo e amarrando tanto o mentor do crime, em uma simulação, quanto um assessor do vereador.

De acordo com o delegado, os quatro ladrões não conseguiram levar as tevês de plasma. "Eles estava em quatro em um Corsa branco. Então, como viram que não iriam caber no carro desistiram e levaram apenas o cofre", disse Santi.

Com a prisão do jogador de futebol, que chegou a receber indicação do vereador para treinar no Palmeiras - seu clube atual é o Grêmio Atlético Mauaense -, o celular foi recuperado, mas o relógio não. Ele ajudou a polícia a fazer o retrato-falado do outro mentor do roubo, que continua foragido. Os outros três homens que ajudaram no assalto também estão sendo procurados.

Desde o início das investigações, a polícia trabalhou com a hipótese de que alguém de confiança do vereador tivesse colaborado no roubou. "Todos que ouvimos tinham a mesma impressão: alguém colaborou. O assessor dele (Agnaldo Timóteo) disse que já tinha uma desconfiança porque o rapaz desceu três vezes depois das 17h no dia do roubo", afirmou o delegado.

O delegado aguardava a presença do vereador na tarde desta terça-feira para poder lhe devolver o aparelho celular. Timóteo, no entanto, ligou afirmando que só iria buscar o telefone na próxima semana, porque disse ter ficado chateado com ao saber que o jovem que ele ajudava era quem tinha sido o mentor do roubo.

Na época do roubo, o vereador afirmou planejar comprar uma arma para se defender e disse que os criminosos sabiam o que queriam. “Eles sabiam que eu morava ali e não estava naquele momento”, disse ele, que, durante ação criminosa, gravava um programa de TV.
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