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Domingo, 28 de julho de 2024

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Após 40 anos, cenário de Woodstock se distancia dos ideais hippies

"Bem-vindo a Woodstock", afirma um cartaz que pode ser visto no local onde, há 40 anos, foi realizado o lendário festival do amor, drogas e rock'and'roll. "Este é um ambiente livre do cigarro", avisa outro cartaz.


O museu Bethel Woods funciona no parque onde aconteceu o festival, em Sullivan County, norte do Estado de Nova York. Apesar da famosa colina que forma um anfiteatro natural não ter mudado quase nada, o cartaz de boas-vindas deixa claro que o local --como muitos hippies-- evoluiu para algo completamente diferente.

"Proibido utilizar drogas em público, proibido instalar guarda-sóis ou barracas de acampamento", diz um aviso. "Não tocar música em alto volume."

Neste sábado (15), haverá música, mas este será um concerto com alguns dos sobreviventes de 1969, tocando para um público limitado e sob controle.

Outros eventos do aniversário incluem um filme de Ang Lee, "Taking Woodstock", que estreia este mês, assim como inúmeros livros e CDs.

O que ninguém tenta reproduzir é o evento original, o maior concerto rock da história, uma extraordinária manifestação de esperança e de protesto no coração dos EUA nos anos 60.

Fazer um show do mesmo porte foi uma ideia recorrente. Os organizadores originais, incluindo um dos principais, Michael Lang, esboçaram inclusive um projeto para montar um para comemorar a data, mas o plano não prosperou.

O show pelo 30º aniversário em 1999 ainda é lembrado como um grande fracasso e terminou em confusão. Tudo isso deixou os hippies nostálgicos e os jovens longe do venerado e agora estranhamente limpo Bethel.

Parque de diversões


O museu do parque conta a história do evento e os distúrbios da época, desde o assassinato do líder negro Martin Luther King e a guerra no Vietnã, passando pela chegada do homem à Lua.

Com lendas como Jimi Hendrix e Janis Joplin cantando em telões, os visitantes podem interagir. Eles também podem entrar em ônibus com decoração psicodélica, parecidos com os quais os jovens chegaram a Bethel.

O ambiente se parece com um parque de diversões, mas o diretor do museu, Wade Lawrence, 54, defende as atuais características do lugar.

"As pessoas agora vão para o museu e esperam um certo nível de conforto", diz ele. O diretor explica ainda que a ênfase é nas atrações interativas para os jovens, segundo ele obcecados por acessórios eletrônicos.

"Se não tivermos o lado interativo, perco os visitantes", afirma.

O passeio leva ainda a uma loja onde são vendidas camisetas com o logotipo original por US$ 24,95, pôsteres do show por US$ 129,95 e copos por US$ 12,95.
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