No Rio de Janeiro o Fashion Rio continua transformando o berço da bossa na capital da moda nacional. Se o outono-inverno acompanhar a identidade das marcas que desfilaram sábado (9), prepare espaço no guarda-roupas para brilho, assimetria e modelagem ampla. Mistura de texturas e materiais também prevalecem, acentuando o ar modernet das criações e criaturas. Confira abaixo um resumo do que mostram as grifes Cantão, Walter Rodrigues, Lucas Nascimento e Printing ontem no Fashion Rio.

A coleção Cantão foi inspirada na Turquia e noutras regiões do mundo árabe. As criações de Yamê Reis surgiram a partir de uma viagem da estilista a Istambul. O resultado foi uma explosão de cores e padronagens misturando estampas e pigmentos. A grife revisitou estampas de suzanis (bordados de mandalas), patchwork e xadrez.

Se depender da marca, o inverno será dourado. Ele aparece aplicado em saias, palas, lurex, correntes e tachinhas. Cintos voltam a marcar bem o corpo e a modelagem apresenta ombros estruturados, nos vestidos e blazeres. As costas devem ficar à mostra com roupas de frente-única ou nos detalhes vazados. Para energizar a próxima estação, a grife abusa das leggings supercoloridas e do tricô.

A marca Walter Rodrigues também mostrou seus looks no sábado. O desfile foi conciso, minimalista e de inspiração oriental. Os vestidos, calças e cardigãs amplos são inspirados na modelagem de quimonos. A assimetria é uma marca. Verde oliva, marinho, branco e preto são as cores que predonominam, com entradas pontuais de roxo, vermelho, bronze e prata.

A camisa branca aparece desconstruída, texturizada e assimétrica, ou usada em sobreposições, como por exemplo com top preto de modelagem corsete. As calças apresentam modelagem reta ou de pantalonas, cintura alta e amarrações nas costas e abotoamento marinheiro e também comprimentos curtos. Os vestidos de malha são assimétricos, fluidos e envolvem o corpo, revelando o colo e os ombros. Eles também aparecem usados com sobreposições. As saias godê são amplas e assimétricas.

Outra grife que foi apresentada no sábado foi a Lucas Nascimento. Peças de tricô e brilho criaram uma atmosfera futurista no desfile da marca, inspirado na arquitetura. As formas surgem a partir da mistura de processos artesanais com tecnológicos. O resultado é como se a roupa tivesse sido costurada no próprio corpo, uma segunda pele.

Leggings, bodys e vestidos são as peças-chave da coleção de Lucas. Nos bodys, as mangas curtas aparecem à medida que o tricô vai sendo tecido. Nas versões de mangas compridas, eles ganham golas rolês e são usados, eventualmente, com pelerines, sobrepostos. As formas são arredondadas.

O inverno é do lurex. Sua mistura com mohair cria um resultado surpreendente, já que é uma transição gradual, fazendo com que a textura de um vestido, por exemplo, se modifique aos poucos, criando um “degradê”. As texturas fazem com que as peças ganhem ripples (pequenas ondulações ).

Finalizando o programa fashionista, a Printing mostrou um inverno que reluz. O desfile da marca veio cheio de brilhos, seja no lurex, fios metalizados, lã com metal ou apliques.

A ideia da coleção é reiventar o luxo, e para isso foi utilizada uma cartela de cores metalizada com vermelho, preto, verde e roxo.

(Com informações do GNT)