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Sábado, 22 de junho de 2024

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Mocidade leva o paraíso para o sambódromo do Rio

A Mocidade Independente de Padre Miguel apresenta na Marquês de Sapucaí o enredo "Do Paraíso de Deus ao Paraíso da Loucura, Cada um Sabe o que Procura". Segundo o carnavalesco Cid Carvalho, a escola aposta no despertar da humanidade em busca de paraísos, sem receio de caracterizar seus personagens com nudez no sambódromo.


O carnavalesco afirmou à Folha Online que o enredo será dividido em duas partes bem definidas. A primeira vai mostrar a visão tradicional do paraíso divino e a segunda retrata o paraíso criado pela ambição do homem.

Enredo

Os diversos paraísos serão mostrados em 37 alas, com um total de aproximadamente 3.800 componentes. Fabrício Pires e Cristiane Caldas formam o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, que representam as aves do paraíso na frente da escola.
"A roupa deles foi muito elaborada, muito bordada, é muito clara, branca com um pouco de verde. É uma roupa que tem todos os cristais e enfeites necessários, mas nada de mirabolante. É uma roupa que possibilite ao casal fazer uma bela exibição", disse o artista.

O abre-alas e os dois carros seguintes da escola representam a ligação do paraíso com a imagem bíblica da gênesis. Segundo Carvalho, inicialmente, será mostrada a percepção do paraíso tradicional.

"São vários paraísos. Os três primeiros setores estão todos amarrados e ligados a primeira imagem clássica de paraíso do gênesis da Bíblia. Teremos Adão, Eva, serpente, maçã, animais, enfim, aquele lugar de clima agradável, de alegria extrema, a exuberância do jardim do Éden. A água também aparece nas três primeiras alegorias como elemento da fartura, da abonança do paraíso", disse o carnavalesco.

Ainda no abre-alas, a agremiação leva uma cascata para a avenida, que sai de uma estrela, símbolo da escola, desce por uma escada de acrílico e forma um lago de onde sai a serpente e onde estão os animais do paraíso. O carro ainda mostra ao público anjos e demônios que representam o bem e o mau.

O segundo carro mostra o reino africano de Preste João, onde se acreditava ser o paraíso na época da Idade Média. Já o terceiro destaca a descoberta do Novo Mundo com a chegada ao paraíso tropical, depois conhecido como Brasil.

"Teremos muita nudez, muita. O desfile pede isso. Eu não vou ter um carro africano com os negros cobertos, então, as negras e os negros estão bem nus, inclusive as negras de seios à mostra. No carro três do paraíso tropical, que o nome já diz tudo, que é tropical, não vamos ter índios vestidos, naturalmente são índios nus", afirmou Cid Carvalho.

De acordo com o artista, a divisão do desfile marca o quarto setor com a apresentação do eldorado, quando o homem se desvirtua em função da ambição por riquezas. "Do quatro setor em diante eu trago os paraísos para a Terra. São os paraísos que o dinheiro pode e compra. Brinco com o paraíso fiscal, do consumo, com um grande shopping", disse.

A rainha Thatiana Pagung desfila de índia do eldorado. "É quase uma Eva tropical, uma Eva dos trópicos", afirmou o carnavalesco.

O penúltimo carro é o shopping e o último vai materializar o paraíso do Carnaval. "Durante um desfile de uma escola de samba ninguém pensa em problema, nem na corrupção em Brasília, nem com saúde, nem com desemprego, nem com nada. O Carnaval é o paraíso do folião, por isso a gente fecha o desfile com uma grande homenagem aos carnavalescos que fazem a maior festa popular do país", disse o carnavalesco da verde e branco.
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