Para o escritor Alberto Mussa, autor do livro "Samba de enredo - história e arte", o enredo é uma escolha estratégica para uma escola de samba e, quando submetido a um patrocinador, perde em qualidade. “Não tenho nada contra Cuiabá. Mas o enredo da Mangueira é péssimo”, disse, em entrevista à Época. “As escolas querem luxo, carros alegóricos grandiosos e se esquecem de que o mais importante é emocionar o público”, complementou Mussa. Segundo ele, "com (uma homenagem a) Jamelão, a Mangueira teria uma grande chance de fazer um desfile excepcional, a escola poderia falar sobre os carnavais vitoriosos na voz dele, sobre as origens das escolas de samba e até sobre a cidade do Rio de Janeiro; teria muito apelo, certamente o público teria um envolvimento afetivo com o assunto”, acrescentou Mussa. Ainda na avaliação do escritor, as escolas de samba, ao optarem por enredos distantes de sua realidade, estão transformando seus compositores em autores “banais”. “Elas tiram a possibilidade dos compositores se envolverem afetivamente com o samba. Por isso, hoje em dia, só tem sambas ruins. Não tem identificação”. A Mangueira não vence um campeonato desde 2012.