Tratada como uma das principais medidas do governador Pedro Taques (PDT), a revogação dos pagamentos do então governador Silval Barbosa (PMDB), em 2 de janeiro, com o intuito de checar a legalidade, azedou de vez o relacionamento com os municípios. No bojo dos pagamentos estornados pelo Banco do Brasil, estavam cerca de R$ 30 milhões da 'cota parte' dos municípios - por ordem da Constituição da República, parte do ICMS e do FPM pertence às prefeituras. Existe um adágio popular que assegura que "a pressa é inimiga da perfeição". Pois o velho ditado nunca foi tão certeiro. Para evitar danos ao Tesouro do Estado, a assessoria de Pedro Taques revogou até mesmo os repasses constitucionais dos municípios. O quadro apenas agrava a briga provocada pela divisão do Fundo de Transporte e Habitação (Fethab). Resultado: os próprios prefeitos aliados estão furiosos com a equipe de Pedro Taques. Resta saber se o deslize será corregido a tempo.