Tratada como prioridade pelo governador Pedro Taques (PSDB) desde a campanha eleitoral, a questão fundiária das comunidades quilombolas de Mato Grosso finalmente deve ter solução prática. E com documentos. A Superintendência de Políticas Públicas de Igualdade Racial (Suppir) da Sejudh  vai até as últimas conseqüências para beneficiar as comunidades quilombolas com o título da terra, mesmo que haja necessidade de uma reforma da legislação estadual. O próprio Pedro Taques tinha assegurado, na campanha, que o procedimento de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos é uma forma de reconhecimento dos direitos sociais desta população. As comunidades quilombolas são grupos étnicos, predominantemente constituídos pela população negra rural ou urbana, que se auto definem a partir das relações com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias. Estima-se que em todo o país existam mais de três mil comunidades quilombolas.