O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, descartou a redução do número de sub-sedes para a Copa do Mundo de 2014 por conta do atraso no início das obras. "Estas declarações são estapafúrdias. O Brasil não está atrasado nem adiantado. Estamos dentro do limite no cronograma de preparação para os jogos", disse hoje durante audiência pública na Câmara Federal.
Segundo ele, aqueles estádios que pretendem sediar a Copa das Confederações devem agilizar as obras. "Um dos quesitos é estar pronto seis meses antes da Copa das Confederações. Ou seja, devem estar prontos entre o final de 2012 e início de 2013", revelou Teixeira ao comentar que a FIFA não permitirá dois estádios na mesma cidade.
De acordo com o responsável da CBF pelo planejamento dos estádios, Carlos De La Corte, alguns estádios estão em estágio mais adiantado do que outros. "Nas vistorias realizadas por técnicos da FIFA aos estádios, foram pedidas medidas para melhor área para a imprensa e vestiários. Avaliação foi positiva. As cidades apresentam problemas distintos mas todas elas se comprometeram a resolver as questões nos prazos estipulados", destacou.
A realização da Copa de 2014 vai movimentar cerca de 3 milhões de turistas no país, sendo 600 mil estrangeiros. De acordo com o presidente da CBF, mais de 300 mil empregos permanentes serão criados até 2014 e mais 400 mil temporários serão gerados até a realização do evento.
Segundo Teixeira, a logomarca da Copa de 2014 será lançada no dia 18 de julho, no encerramento da Copa da África do Sul. "Será o primeiro evento grande visibilidade da Copa no Brasil", declarou.
O cartola lembrou que o Brasil deve se preparar também para a realização da Copa das Confederações em 2013. "É uma cometição que serve de teste, na qual serão usadas cinco das 12 sedes de 2014", revelou.
O presidente da CBF disse que a audiência na Copa de 2006, realizada na Alemanha, chegou a 25 milhões de pessoas em 114 países. Foram feitas 71 mil horas de transmissão, com 18 mil profissionais envolvidos e mais de 4 mil veículos de comunicação credenciados.
Segundo ele, o site da FIFA recebeu 4,2 milhões de acessos, mais de 500 emissoras de tv se credenciaram para o evento e o centro de mídia abrigou oito mil jornalistas. Ele lembrou que a Alemanha recebeu três milhões de turistas no país. O evento fez o PIB alemão crescer entre 0,4 a 0,5%.
