Em sua primeira entrevista como candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, reafirmou que nenhum dossiê foi feito pela sua campanha. "Posso te dizer, com muita certeza, que minha campanha não fez nenhum documento que dissesse respeito a outras pessoas. Estamos muito tranqüilos", disse na manhã desta segunda-feira (14) à rádio Jovem Pan.

A ex-ministra, porém, se recusou a responder sobre Luiz Lanzetta, jornalista contratado pela sua campanha, que teria sido responsável pelo suposto dossiê: "me desculpe, eu não vou me manifestar a respeito de outras pessoas que não estão na minha campanha", afirmou, para logo depois rever a ligação da empresa de comunicação com sua campanha. "Era uma empresa contratada, como existe em outras campanhas", disse.

No sábado (12), ao oficializar a aliança com o PT, Michel Temer, disse que seu partido, o PMDB, não deve ser tratado como coadjuvante na chapa, mas sim como protagonista. Dilma concordou e disse que aprendeu com o presidente Lula a respeitar todos os ministros e partidos. "Lealdade a gente conquista. Não falo só do PMDB, mas todos partidos que participaram do governo não foram tratados como secundários. Cada (ministro) foi respeitado em sua pasta. Temer falava que nós temos de continuar com essa ideia. Participou do governo? assume o bônus e o ônus do governo", afirmou.

Sobre o candidato tucano a governador em São Paulo, Geraldo Alckmin, que criticou sua falta de experiência, Dilma disse que "uma coisa é ter experiência de governo, outra é ter experiência eleitoral". Na convenção que oficializou sua candidatura em São Paulo, no domingo (13), Alckmin disse que, se Dilma fosse eleita, governaria o País "de garupa". "Estou numa fase de aprendizagem, com muita humildade. Mas conheço muito bem o Brasil, conheço muito bem o governo federal", disse a candidata.