Com um amuleto conhecido como "olho turco" numa pulseira no braço esquerdo, a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, adotou tom de cautela ao comentar, nesta terça-feira, o resultado da mais recente pesquisa eleitoral CNT/Sensus. O levantamento mostra que ela lidera as intenções de voto com 46%, contra 28,1% do tucano José Serra, seu principal adversário na corrida pelo Palácio do Planalto. "Pesquisa não ganha eleição. Se ganhasse, seria um outro mundo, não democrático", disse a presidenciável após gravar depoimentos para aliados políticos em Brasília.

A pulseira usada por Dilma foi presenteada pela primeira dama da Bahia, Fátima Mendonça, e tem a função de proteger seu portador de inveja e mau-olhado.

Questionada, a ex-ministra da Casa Civil voltou a defender a nomeação de políticos para cargos públicos desde que eles tenham competência técnica para ocupar os postos. "Faço questão que todas as pessoas tenham condições técnicas de exercer os cargos nas áreas em que estão. Nomeação política tem que combinar com componente técnico. Um técnico puro é reminiscência da época tecnocrática em que se acreditava que ele por si só resolvia o problema. Tenho muito medo disso", declarou.

A candidata petista não apontou áreas da administração pública em que hesitaria para nomear políticos e disse que barrará nomeações "em todas as áreas, das pessoas que não têm competência".