A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, cobrou neste domingo (29) o aprofundamento do debate na campanha eleitoral e fez críticas indiretas a seus adversários na disputa. Marina apontou o que chamou de"ansiedade tóxica de fazer malabarismos para o eleitor” e comparou os programas eleitorais a novelas, afirmando que estão pintando o mundo "cinematograficamente".
“O programa eleitoral virou quase que uma continuidade de novela, só que não com a qualidade das novelas. Tudo está cor de rosa ou tudo vai ficar azul. Nós estamos dizendo que tem problemas que precisam ser debatidos, que é preciso ter um olhar para o Brasil real, o Brasil da favela do Coque (no Recife), o Brasil que não fez a reforma tributária, esse Brasil que fica uma hora na fila para conseguir uma consulta”, disse.
Sem citar o nome de Dilma Rousseff (PT), Marina rejeitou a figura de “um pai salvador e uma mãe salvadora” e cobrou uma discussão “madura, que não infantilize". A campanha da petista e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm evocado a figura materna em torno de Dilma. A petista aliás, já havia recebido o título informal de "mãe do PAC" por parte do presidente quando era ministra da Casa Civil.