O candidato do PP ao governo de São Paulo, Celso Russomanno, afirmou nesta quinta-feira (2), em sabatina realizada pelo jornal Estado de S. Paulo, que é possível ver casos de quebra de sigilo - como aconteceu com Verônica Serra, filha do presidenciável tucano, José Serra - em todas as campanhas. "Se foi feito, e está provado que foi feito, quem fez tem que pagar com cadeia", defendeu.

Para o candidato, é inegável que o sigilo bancário deve ser preservado para não colocar em risco a vida das pessoas, mas, por outro lado, não vê problemas que seus dados fiscais sejam revelados: "o meu sigilo pode quebrar. Aliás, o meu eu já quebrei, é público. O que eu tenho está declarado e ponto final", garantiu.

Quando questionado sobre sua relação com Paulo Maluf, candidato a deputado federal que encabeça sua chapa, Russomanno reforçou que não é "herdeiro do malufismo". "Eu sou o homem das obras necessárias. (...)Mas eu não sou e jamais serei o homem das obras faraônicas", concluiu, referindo-se aos projetos de Maluf.

Durante a sabatina, Russomanno também criticou os últimos 16 anos da gestão do PSDB no Estado. Disse que os tucanos "estão acomodados". Ainda assim, fez uma ressalva. "Eu não ataco o candidato tucano ao governo (Geraldo Alckmin). Vocês nunca ouviram eu falar o nome dele em nenhuma reportagem. Eu ataco as deficiências do governo e mostro solução. Mas eu não tenho culpa de que ele estava no governo e tem a responsabilidade dos problemas que estão acontecendo por aí", enfatizou.