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Domingo, 21 de julho de 2024

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PT e PSDB não aprenderam a ser governo nem oposição, diz Marina

A candidata do PV à presidência da República, Marina Silva, disse nesta terça-feira (14), durante sabatina na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que tanto o PT quanto o PSDB não aprenderam a ser governo e oposição ao longo das gestões de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.


"Sobre a governabilidade, é possível construí-la a partir do programa, o problema é que a gente tem desistido de fazer essa construção. Historicamente, as pessoas estão indo pelo caminho mais duro e mais difícil em detrimento da sociedade. Fiquei trinta anos no PT. Fomos oposição no governo do PSDB e o PSDB foi oposição no governo do PT, e a sensação que tenho é que não houve aprendizado dessa experiência. Cada um quer governar sozinho e, para governar sozinho a fogo e pântano, não se preocupam com o País", comentou a presidenciável, que classificou as agremiações políticas como "máquinas de ganhar o poder pelo poder".

"Ao longo do tempo, os partidos foram perdendo aquela capacidade que tinham de serem hegemonizadores de determinados pensamentos, ideias e propostas. Os partidos foram se transformando cada vez mais em máquinas de discutir o poder pelo poder. Se transformaram em máquinas de ganhar o poder pelo poder", disse a candidata, que defendeu o pluripartidarismo como forma de representação da atual realidade brasileira.

"A ideia que tínhamos anteriormente de partido forte não mais pode ser pensada à luz das transformações que o mundo vem passando. As respostas têm de ser multicêntricas porque senão vamos imaginar que tem salvadores da pátria, que tem os que são presidentes do mundo e os que são presidentes de tudo", afirmou.

"Quando tem um programa, uma seriedade do partido, temos que buscar a semente para que outros possam brotar. Ela coloca algum nível de interdição para evitar os oportunismos que afloram no processo eleitoral. Temos que ter um mecanismo sem perder a capacidade de limitar a criação do partido", salientou a representante do PV no Conselho Federal da OAB.

Ao comentar sua proposta de reforma política, a candidata defendeu a formação de uma constituinte para debater reformas estruturantes e disse ser contrária à reeleição, ao voto em lista e ao voto facultativo.

"Tenho posicionamento contrário à reeleição. Criou o expediente em que o político do Executivo não faz o necessário para a boa gestão, faz mais o que é necessário à reeleição. Talvez seja melhor que tenhamos um mandato de cinco anos. Basta a lei para que o governante não use a máquina para fazer o sucessor", afirmou a candidata do PV.
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