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Domingo, 21 de julho de 2024

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Marina: "batalhem aí que a gente tá quase virando o jogo"

Em sua passagem por Porto Alegre neste domingo (19), a candidata do PV à presidência da República, Marina Silva, priorizou o "corpo-a-corpo" com os eleitores. Marina começou o roteiro com uma visita ao Acampamento Farroupilha (que ocorre no Parque da Harmonia, como parte das comemorações alusivas à Guerra dos Farrapos - considerada regionalmente um marco na história dos gaúchos). Depois foi ao Brique da Redenção, a tradicional feira de antiguidades e artesanato que ocorre todos os domingos em outro parque, o da Redenção. Em ambos os locais, caminhou em meio ao público, parou para fotos, abraçou eleitores, curiosos e crianças e fez um chamamento aos partidários. "Companheiros: batalhem aí que a gente tá quase virando o jogo".

Marina não admite, mas há entre os verdes quem avalie que a enxurrada de denúncias contra a Casa Civil e a troca de acusações entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) - que acirraram os ânimos na disputa presidencial - possa acabar aumentando o número de eleitores que procuram por uma "terceira via" ou que, com o voto, pretendem protestar contra a "guerra" PT/PSDB. Em sua única coletiva durante a agenda em Porto Alegre, concedida no Parque da Harmonia, Marina tornou ainda mais evidente que o PV considera fundamental o segundo turno da eleição, ponto que já havia ganhado destaque nas manifestações de seu vice, o empresário Guilherme Leal, quando ele passou pelo Estado na sexta-feira (17).

A candidata evitou ataques diretos, mas, o tempo inteiro, deixou claras suas críticas ao governo e aos dois principais adversários na corrida presidencial. Ao lembrar a Revolução Farroupilha, disse que ela representou "todo o esforço republicano" existente no país, e emendou: "Este Brasil republicano precisa se colocar. Há em todos os lugares um movimento da sociedade brasileira apontando que não apostou no vale-tudo eleitoral". Ao responder às perguntas, informou que quer ganhar a eleição "ganhando e não perdendo", e explicou: "ganha perdendo quem, para ganhar, abre mão dos princípios, dos valores, fazendo alianças incoerentes".

Para além de Dilma e Serra, as críticas veladas ao governo também transpareceram quando Marina assinalou que queria debater as estruturas no país. "E na estrutura o Brasil tem muitas falhas. Não temos um programa de infra-estrutura do Brasil pensando em um crescimento de 7% ao ano. Não há planejamento para os próximos 10, 20 ou 30 anos". O discurso, neste ponto, se assemelha ao dos tucanos. Eles vêm afirmando que o país não está preparado para o crescimento acelerado, mas o argumento é rebatido com força por Dilma, que aponta o discurso como velho e não condizente com a realidade do país.

Questionada sobre se acredita de fato que o PV possa apresentar um crescimento significativo nestas eleições, Marina mandou outro recado aos adversários. "O PV está se fortalecendo sim. Mas o PV não tem a pretensão de hegemonizar o conjunto da sociedade. O PV não tem a pretensão de dominar tudo e ainda o resto".

No Acampamento Farroupilha, ante a profusão de churrascos e chimarrões, a candidata seguiu em frente. Marina é vegetariana. E disse que não pode consumir cafeína. Questionada sobre como uma vegetariana sentia-se em meio a profusão de carnes assando, foi rápida: "me sinto no meio da diversidade brasileira". Entre o Parque da Harmonia e a Redenção, Marina fez uma pausa e almoçou em um restaurante vegetariano próximo ao Brique. Da feira, ela seguiu de avião para a cidade de Pelotas, na metade Sul do Estado, onde inaugurou uma Casa de Marina (comitê domiciliar de campanha). Ainda neste domingo a candidata volta para o Rio de Janeiro e, nesta segunda (20), vai a Recife.

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