A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feia (20), em Recife, que, após o escândalo do mensalão, não houve "medidas profiláticas" para se evitar o surgimento no ministério de novas denúncias, como a de tráfico de influência e cobrança de propinas.

"Isso [denúncia] precisa ser esclarecido institucionalmente, a ministra Dilma assumiu a Casa Civil a partir de uma grave crise, instalada após o caso grave envolvendo o mensalão", disse. "Naquele momento, era fundamental ter tomado medidas profiláticas para que isso não voltasse a acontecer. É essa a explicação que precisa ser dada porque, ao que parece, nada foi feito, e os problemas se repetem", acrescentou.

Segundo Marina, uma suposta prioridade às “coisas positivas” teria levado a uma “repetição de erros”. “Pelo visto, a política de apenas se focar nas coisas positivas e não querer cuidar dos problemas levou à repetição dos mesmos erros. Nós temos que aprender com o erro para que ele não se repita."

Pesquisas

A candidata disse serem "equivocados" os números das pesquisas eleitorais, nas quais aparece com 11% das intenções de voto.

"O que eu vejo nas ruas é um movimento muito forte para me levar para o segundo turno, e tenho certeza de que no dia da eleição o Brasil terá uma grande surpresa", disse. "O que existe nas ruas é muito maior do que o que aparece nas pesquisas", acrescentou.