Em visita a Salvador (BA), nesta terça-feira (21), a candidata petista Dilma Rousseff tentou se desvencilhar da ex-ministra Erenice Guerra e afirmou que a decisão de colocá-la no comando da pasta foi do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Dilma, a sucessão nos ministérios no momento em que os titulares das pastas tiveram que deixar os cargos para disputar as eleições e de substituí-los pelos secretários-executivos foi orientação do presidente Lula.

Ao comentar os supostos desvios ocorridos na Casa Civil, Dilma lembrou o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, que citava sempre o filósofo francês Montesquieu. "Você não pode só apostar nas virtudes dos homens e das mulheres porque eles são falhos. Tem que investir nas instituições", afirmou.

A candidata voltou a refutar a condenação prévia de Erenice. Segundo Dilma, ela mesma já teria sido vítima de coisa desse tipo quando foi acusada de quebrar o sigilo de familiares do seu adversário José Serra, do PSDB. "Eu repudio a vinculação (da quebra de sigilo e do tráfico de influência à campanha)".

Em visita ao Estado baiano, Dilma praticamente descartou a possibilidade de apoiar mais diretamente o ex-ministro Geddel Viera Lima, candidato ao governo pelo PMDB. "Eu tenho, basicamente, apoio claro ao governador Jaques Wagner (PT). Geddel não está bem situado (nas pesquisas)", lembrando a liderança do petista nas pesquisas, que o colocam como possível vencedor ainda no primeiro turno.