Acompanhado de sua mulher, Mônica Serra, o candidato à presidência da República pelo PSDB, José Serra, esteve na tarde desta segunda-feira (27) em um evento que tinha como objetivo mobilizar mulheres a votar nele e em seus aliados.

Realizado em um clube, em São Paulo, o movimento "Mulheres, vamos lá!", contou ainda com a presença do candidato a governador pelo PSDB, Geraldo Alckmin, o atual governador paulista, Alberto Goldman, o prefeito da capital, Gilberto Kassab, e o candidato a vice na chapa de Serra, Indio da Costa. Ao lado deles, Serra declarou: "A meu ver, o mais importante é ganhar voto não definido. Tem muita gente que ainda não definiu. É preciso que a pessoa decida e transforme essa decisão no trabalho de ganhar mais um voto".

Durante todo o discurso, o candidato considerou consumado o segundo turno nas eleições. "É uma batalha grande que não termina no domingo. Na segunda, começa um trabalho que vai ter o dobro da intensidade do trabalho do primeiro turno", disse.

A questão da censura à imprensa também foi citada por Serra. "Vocês estão acompanhando essas investidas contra a imprensa, que chega num ponto máximo de uma decisão torta de um desembargador que simplesmente sonegou da opinião pública um dos maiores escândalos dessa campanha, aprontado pela coligação do PT no Estado de Tocantins", disse ele em alusão à decisão do desembargador Liberato Póvoa, do Tribunal Regional do Tocantins, que censurou a imprensa de divulgar informações a respeito da investigação do Ministério Público de São Paulo sobre o governador e candidato à reeleição, Carlos Gaguim (PMDB).

O tucano disse ainda se sentir orgulhoso com o apoio declarado em editorial pelo jornal O Estado de S. Paulo. "São certas coisas da vida que a gente pensa: 'Valeu a pena ter o reconhecimento de um órgão de imprensa dessa qualidade, que lutou pela democracia'", afirmou.

Serra terminou seu discurso pedindo votos para o senador Aloizio Nunes, quando teve o microfone tomado por uma mulher que, veementemente, falou: "Nós, mulheres, não podemos dar nosso voto para um candidato que espanca a própria mulher. Não é porque ele é cantor, porque fala bonitinho, que ele vai ser nosso senador. Ele tem que dar o exemplo", referindo-se ao candidato ao Senado pelo PCdoB, Netinho.