Nem Dilma Rousseff (PT), nem José Serra (PSDB). A executiva nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) poderá optar pela neutralidade no segundo turno das eleições presidenciais. Esta é uma das hipóteses que estão sendo analisadas pelos principais líderes do partido.

O assunto será debatido na próxima quinta-feira (14), em Brasília, durante reunião da executiva nacional. De acordo com informações da assessoria de imprensa do PTB, esta definição vai depender das conversas entre os membros da executiva para saber quais as realidades que o partido enfrenta em cada Estado.

“Esta hipótese da neutralidade não está descartada. A possibilidade mais provável é que o PTB não apóie nem Dilma nem Serra no segundo turno e esteja neutro”, garantiu uma fonte ligada à executiva nacional do partido.

Oficialmente, o presidente nacional do partido, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, colocou na pauta diversos assuntos internos do partido. Nos bastidores, porém, ninguém esconde que o principal objetivo do encontro é definir a posição oficial do PTB. E há uma grande expectativa em relação à decisão a ser tomada.

O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, e o ex-senador Osvaldo Sobrinho, aliados de José Serra no Estado, devem ser os principais representantes do PTB de Mato Grosso na reunião. “Não é hora de ficar em cima do muro. O PTB vai ter que se posicionar de forma clara para orientar o seu eleitor”, disse ao Olhar Direto uma fonte ligada ao prefeito.

O encontro será realizado na cobertura do edifício Ana Carolina, na quadra 504 norte, em Brasília, onde fica a sede nacional do PTB.

Galindo afirma que sua decisão será pautada nas necessidades da capital. “Eu defendo o ponto de vista de que a nossa decisão de apoiar um candidato na disputa do segundo turno das eleições presidenciais seja definida pensando com prioridade no bem de Cuiabá”.

O prefeito confirma que irá a Brasília para discutir esta questão com o senador Gim Argello (PTB-DF), que é o atual relator do Orçamento Geral da União – OGU, bem como com  Roberto Jefferson.

“Depois dessa conversa eu retorno a Cuiabá para discutir o mesmo assunto com os membros do partido, o deputado Luiz Marinho e os candidatos que disputaram a eleição este ano", diz o prefeito petebista.