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Domingo, 21 de julho de 2024

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Usinas nucleares viram "calo" na negociação entre PT e PV

A moratória na construção de novas usinas nucleares no País ainda não autorizadas pelo Congresso Nacional se transformou no "calo" da primeira reunião de dirigentes do PV com o coordenador do programa da candidata Dilma Rousseff (PT), Marco Aurélio Garcia.


A proposta consta no documento intitulado "Agenda por um Brasil justo e sustentável", apresentado na semana passada pela senadora e candidata derrotada do PV à presidência da República, Marina Silva, para servir de base na discussão de eventual apoio dela às candidaturas de Dilma ou José Serra (PSDB) no segundo turno da eleição.

Terceira colocada na disputa para a Presidência, com quase 20 milhões de votos, a senadora tem se mostrando mais enfática nos últimos três dias a respeito do posicionamento que terá no segundo turno eleitoral.

Durante reuniões fechadas, em Brasília e São Paulo, Marina argumentou várias vezes que não existe "preconceito ou indisposição" da parte dela em manifestar apoio a Dilma ou Serra. Mas a candidata observa que não tem visto avanços significativos dos postulantes ao seu apoio em direção às teses que defende.

Marina tem dito abertamente, por exemplo, que não percebe disposição de Dilma e Serra para que sejam vetadas mudanças no novo Código Florestal que reduzam áreas de reserva legal, preservação permanente ou promovam anistia a desmatadores.

Durante as reuniões internas, Marina, assessores e dirigentes verdes avaliam que Serra estaria se recusando a apoiar vetos ao Código Florestal por causa do apoio que tem da bancada ruralista no Congresso, liderada pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO).

Enquanto isso, de acordo com um dos assessores de Marina, tucanos usam gravata e casaco verdes, mas sequer teriam abordado temas de sustentabilidade ambiental no programa eleitoral.

Com os petistas, a questão da moratória de novas usinas nucleares não é o único calo em relação à candidata Dilma Rousseff. Conforme revelou o Terra na quarta-feira (13), a candidata petista ligou para senadora e colocou Marco Aurélio Garcia à disposição dela para discutir o plano de governo da coligação petista antes do próximo domingo (17). Mas os verdes não parecem convencidos pelo movimento.

"Foi uma atitude mais protocolar do que a de alguém que queira realmente assumir um compromisso sério em relação às 10 propostas de Marina e do PV. Enquanto Dilma telefonava, o governo anunciava a necessidade de mudança no Plano Amazônia Sustentável, que Marina deixou no Ministério do Meio Ambiente", afirma um assessor da senadora verde.

Na avaliação de outro assessor, o PSDB se revelou mais habilidoso até agora, ao solicitar oficialmente, na semana passada, uma audiência do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com Marina
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