O recém eleito deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB) afirmou nesta quinta-feira (21), durante entrevista ao Terra TV, que a "grande mídia" brasileira se comporta como a imprensa da Alemanha nazista, seguindo lógica semelhante a do ministro da propaganda do Terceiro Reich, Joseph Goebbels. Na visão do delegado afastado da Polícia Federal (PF), parte da imprensa tenta disseminar o ódio.

"Temos que ter uma avaliação mais global. A midia tem que ter essa responsabilidade. O retrocesso vai ser muito grande", disse Protógenes, analisando uma possível vitória das "forças conservadoras", na avaliação dele, representadas pela candidatura de José Serra (PSDB). No entanto, o deputado não vê sinais de que a empreitada em implantar o medo tenha ganhado espaço. "Notadamente a melhor resposta que nós estamos dando é responder todo esse ódio disseminado com muito trabalho, muito respeito".

Outro assunto comentado por Protógenes durante a entrevista ao Terra foi sua famosa pasta preta, que seria uma espécie de "arma secreta" a ser usada por Dilma Rousseff (PT) nos debates que se seguem. A pasta ganhou notoriedade no debate do último domingo quando o delegado municiou a candidata petista com dados a respeito de privatizações e segurança pública no Estado de São Paulo.

Segundo o deputado, no entanto, não lhe cabe dizer qual o momento em que os documentos poderão ser usados. "A minha posição na campanha da Dilma é de volutario, de brasileiro indignado. Pertenço a um partido que tem uma responsabilidade maior com o País. (...) Eu ingressei num papel mais firme, me coloquei à disposição. E a campanha da Dilma soube captar muito bem a ajuda desse pequeno soldado da democracia".