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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Para Dilma, Brasil e Argentina podem elevar presença da América Latina

Em entrevista a jornais argentinos, a presidente Dilma Rousseff afirmou que pretende lutar para que a América do Latina tenha maior espaço no cenário internacional. Segundo ela, para alcançar este objetivo a aliança com a Argentina é “estratégica”. Dilma chega a Buenos Aires nesta segunda-feira (31) para cumprir sua primeira agenda internacional como presidente. Em entrevista aos jornais Clarín, La Nación e Página 12, ela falou de direitos humanos, desvalorização do dólar e integração regional.


“Com a presidente Cistrina Kirchner pretendo ter uma relação muito próxima, porque Brasil e Argentina têm a responsabilidade perante a América Latina de fazer com que a região tenha mais presença e espaço de ação no cenário internacional”, afirmou. Para a presidente, não é possível haver desenvolvimento no Brasil sem que os países vizinhos acompanhem.

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Dilma diz que não faz 'distinção' entre governador de oposição e de situação Discurso de Dilma no Congresso agradou, diz oposição Dilma deve convocar secretários de segurança em março, diz ministro “O governo brasileiro assume, uma vez mais, o compromisso com o governo argentino de uma política conjunta na estratégia de desenvolvimento da região. Para mim, essa ideia força uma relação estratégica com a Argentina. Nós entendemos que o desenvolvimento do Brasil tem que beneficiar o conjunto da região”, defendeu.

A presidente, que também vai se reunir com as mães e avós da Praça de Maio, mulheres que perderam os filhos e netos na ditadura militar argentina, também falou sobre direitos humanos. “Eu não vou negociar direitos humanos. Não há concessões nesta área”, afirmou.

Dilma também criticou a política de desvalorização do dólar e contou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama,, virá ao Brasil na semana do dia 14 a 19 de março. Para Dilma, a desvalorização do dólar prejudica até o comercio bilateral do Brasil com os países vizinhos, que protegem seus mercados de produtos estrangeiros
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“Creio que Brasil e Argentina sofrem como todos os países emergentes as consequências da política de desvalorização praticada pelas grandes economias do mundo. Temos que levar ao G20 o argumento de que a política de desvalorização competitiva levou o mundo a varias crises económicas e disputas políticas”, disse. A presidente também afirmou que, apesar das dificuldades impostas ao comercio internacional com o dólar fraco, não vai tolerar métodos protecionistas.

“Não vamos aceitar políticas de dumping e mecanismos de competição que desconheçam práticas transparentes, mas sabemos que o proteccionismo no mundo não tem boas consequências”, disse.Questiionada se poderia garantir que o real não seria desvalorizado, Dilma afirmou: “Ninguém pode dar garantías disso. Por isso, os organismos multilaterais devem discutir esta questão com os países desenvueltos precisam asumir suas responsabilidades. A Argentina teme que o governo brasileiro tome medidas de desvalorização do real, o que pode prejudicar as exportações de produtos portenhos.

Na entrevista aos jornais argentinos a presidente também deu ênfase à importancia do cumprimento de contratos. “É fundamental cumprir os contratos para que tenhamos um marco regulatório estável. No governo anterior, do qual participei, nós tínhamos contratos com os quais discordávamos, mas os mantemos, porque isso implica respeitar a institucionalidade do país.”
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