A coligação que elegeu o petista Agnelo Queiroz para o governo do Distrito Federal entrou com um recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo que a ex-candidata do PSC Weslian Roriz seja declarada inelegível por suposta compra de votos na campanha do ano passado, quando ambos se enfrentaram.

Os autores do recurso afirmam que, durante um programa eleitoral de televisão veiculado nos dias 17 e 18 de outubro, Weslian prometeu, uma vez eleita, anistiar todas as multas de trânsito aplicadas até o dia 30 de setembro de 2010.

Os petistas alegam que, ao prometer revogar as multas, Weslian ofereceu vantagem pessoal aos eleitores em troca de apoio. Desta forma, teria desrespeitado a lei eleitoral, que proíbe a compra de votos.

“Ao prometer que todas as multas aplicadas até 30 de setembro de 2010 seriam anistiadas, por certo que a candidata ofereceu vantagem pessoal, porque cada um desses eleitores que se enquadravam nessa condição seriam beneficiados”, diz o texto da ação.

Em um primeiro momento, a coligação de Agnelo entrou com uma ação no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal, mas a corte entendeu que não ficou demonstrada a oferta de vantagem pessoal em troca de apoio à candidata e indicou que não houve pedido de voto aos eleitores. Ante a negativa, os petistas recorreram ao TSE.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa de Weslian, mas não obteve retorno até a publicação desta nota. Se for declarada inelegível, a ex-candidata do PSC ficará impedida de participar de novas eleições.

Substituta

Weslian tornou-se candidata ao governo do DF depois que seu marido, o ex-governador Joaquim Roriz, foi barrado pela Lei da Ficha Limpa. Roriz não pôde disputar a eleição porque renunciou ao mandato de senador em 2007 para escapar de uma eventual cassação. A candidata do PSC enfrentou Agnelo Queiroz no segundo turno, mas foi derrotada por uma diferença de 426 mil votos.