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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Corregedor da Câmara promete rigor no caso Jaqueline Roriz

O corregedor da Câmara, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), afirmou que será rigoroso na apuração das denúncias contra a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF).


Ela aparece em vídeo divulgado pelo site do jornal "O Estado de S. Paulo", junto com o marido, Manoel Neto, recebendo R$ 50 mil de Durval Barbosa, pivô do escândalo do chamado "mensalão do DEM" do Distrito Federal.

Em nota divulgada nesta segunda (7), Eduardo da Fonte afirma que a Corregedoria "será rigorosa e tomará todas as providências necessárias assim que for formalmente provocada e estiver de posse de todas as informações a respeito do caso".

O deputado, que está fora do país, informou que precisa ser provocado para tomar providências.

"De acordo com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, cabe à Corregedoria se manifestar quando provocada por denúncia formal envolvendo parlamentares em casos de quebra de decoro".

O PSOL já informou que pedirá à Corregedoria que investigue a deputada. O partido também solicitará nesta quarta (9) à Mesa Diretora da Câmara o afastamento de Jaqueline Roriz da Comissão Especial da Reforma Política.

Vídeo
O vídeo em que Jaqueline Roriz aparece recebendo o dinheiro não tem data, mas, segundo o site do jornal, foi gravado durante a campanha eleitoral de 2006. O local da entrega do dinheiro foi a sala de Durval Barbosa, delator do esquema. Na ocasião, ele era diretor da Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central (Codeplan) durante o governo de Joaquim Roriz, pai da deputada.

No vídeo, Durval coloca sobre a mesa um maço de notas. Jaqueline, então deputada distrital, olha para o dinheiro, mas é o marido dela quem pega o pacote e coloca dentro de uma mochila. No vídeo, o casal reclama do valor recebido. "Rapaz, não é fácil ser candidato. Resolve isso para mim cara!", apela Neto.

O assessor da família Roriz, Paulo Fona, disse que ela não assistiu ao vídeo, que está viajando e só se manifestará depois do carnaval. “Ela não viu o vídeo e, se ela falar, vai ser depois do carnaval e depois de ver o vídeo”, disse Fona.

O inquérito sobre o mensalão do DEM, um suposto esquema de corrupção que envolveu parlamentares, integrantes do governo e empresários no Distrito Federal, tramita sob sigilo no Superior Tribunal de Justiça desde novembro de 2009 e não envolve a deputada Jaqueline Roriz. Segundo a assessoria da Polícia Federal, o vídeo revelado não faz parte do conjunto de provas até então reunidas no inquérito.

Como deputada federal, Jaqueline tem prerrogativa de foro e só pode ser investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Cabe à Procuradoria Geral da República (PGR) decidir se solicita a abertura de inquérito ou envia o material ao STJ para ser juntado ao inquérito do mensalão do DEM. Na hipótese de passar a incluir a deputada, o inquérito pode ser todo transferido para o Supremo.

Jaqueline Roriz sempre negou envolvimento dela e do pai no esquema. Em discurso, em abril de 2010, chamou de "cara de pau" a deputada Eurides Brito, flagrada na mesma sala em que o marido de Jaqueline também aparece pegando o dinheiro. Eurides Brito foi cassada no ano passado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal depois que um vídeo gravado por Barbosa mostrou a então deputada colocando dinheiro na bolsa. O advogado de Eurides Brito, Jackson Domênico, disse que ela não tem interesse em se manifestar sobre o assunto.
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