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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Novo partido de Kassab ameaça aliança histórica entre PSDB e DEM em SP

O grupo político que desde 2003 comanda o Estado de São Paulo e a capital paulista desde 2005 vive sua pior crise e pode ser implodido. Tudo por causa da criação do PSD (Partido Social Democrático) pelo prefeito paulistano, Gilberto Kassab, e de sua aproximação da base de apoio da presidente Dilma Rousseff.


O governador Geraldo Alckmin (PSDB) está propenso a tirar do secretariado o vice-governador, Guilherme Afif, um dos primeiros a anunciar a saída do DEM para seguir Kassab.

A decisão de Afif provocou imenso incômodo entre tucanos exatamente por seu simbolismo político: o vice-governador era o elo da histórica aliança do PSDB com o DEM.

Em 2002, Kassab indicou Cláudio Lembo, do DEM, para ser o vice de Alckmin. Dois anos mais tarde, o próprio Kassab foi o escolhido para vice de José Serra na prefeitura. No ano passado, o DEM designou Afif para novamente compor com Alckmin. Agora, Kassab, Lembo e Afif estão fora do DEM.

Considerado um dos “fiadores” da coligação com os tucanos, Afif está desde a posse à frente da poderosa Secretaria de Desenvolvimento Econômico, pasta que gerencia a rede de ensino técnico do governo paulista, uma das principais vitrines do PSDB.

Partiu do DEM a exigência para que Alckmin dê espaço político relevante ao partido no governo e deixe Afif como uma figura quase decorativa no cargo de vice. Na última quinta-feira (14), o senador Agripino Maia (RN), presidente do partido, almoçou com o governador e reivindicou o cumprimento de compromissos estabelecidos quando a aliança foi firmada: uma secretaria importante.

Na conversa, foram discutidas três possibilidades para alojar o DEM. A mais cobiçada é a secretaria hoje comandada por Afif. A outra, praticamente rejeitada pela sigla, é a pasta da Agricultura. O governador prometeu ainda analisar uma terceira possibilidade. O DEM exige visibilidade e força política.

Segundo Agripino, “o espaço do DEM no governo Alckmin é um fato”. O governador não rechaçou a hipótese de retirar Afif nem a aceitou prontamente. Prometeu uma solução breve, mas seus aliados afirmaram reservadamente que ele estaria propenso a aceitar o acordo, inclusive cedendo a pasta de Desenvolvimento Econômico.
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