A ministra do Planejamento, Mirian Belchior, anunciou três ajustes na economia que devem fazer com que o país cresça em media 5% ao ano durante o governo da presidente Dilma Rousseff, 1% em média superior ao verificado durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mirian disse que o governo decidiu acabar com os subsídios concedidos em 2009 para diversos segmentos da economia se recuperarem diante da crise econômica. Ela se referiu a redução da carga tributária para compra de veículos e eletrodomésticos da chamada linha branca, que receberam forte incentivo após a crise de 2008.

A segunda medida anunciada pela ministra para segurar a inflação é a redução do ritmo de aumento do crédito. “É um ajuste seletivo ao consumo, não ao investimento. Incentivamos o investimento. O mercado interno é fundamental, mas sozinho é insuficiente para garantir o crescimento”, argumentou a ministra.

O terceiro ajuste é na política de câmbio. “Há crescimento dos fluxos financeiros internacionais. O ciclo de crescimento será mantido para mandar o desenvolvimento e a geração de empregos no país”, declarou a ministra.

Segundo Mirian, a dívida pública chegará a menos que 2% em 2011 sem fazer uso do fundo soberano, instrumento que o país pode lançar mào em caso de graves crises financeiras.
 
"Os BRICs (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e outros países emergentes) estão com economia aquecida. China, Arábia Saudita e Brasil, por exemplo, apresentam dívida pública inferior a 2%. Com esta regressão, voltaremos para os patamares de 2008. O nosso crescimento continuará gerando empregos. Teremos pleno emprego. Teremos o desafio da educação e da qualificação da mão de obra”, concluiu.