O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) classificou nesta quinta-feira (28) como “um avanço” a decisão da presidente Dilma Rousseff de estabelecer o regime de concessão de obras e serviços nos terminais dos aeroportos de Viracopos (SP), Brasília (DF) e Guarulhos (SP).
“É um avanço que estamos tendo de termos um Estado menor, que se dedique mais às tarefas que lhe são próprias e não às tarefas que são da iniciativa privada. Neste caso, a experiência mundial mostra que os aeroportos, em grande parte, são operados pela iniciativa privada”, avaliou Sarney.
Na terça-feira (26), o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, anunciou, sem dar maiores detalhes, a decisão do governo de conceder à iniciativa privada os três aeroportos: “No dia de ontem a presidente definiu uma série de medidas, em particular os critérios de concessão dos terminais de Viracopos, Brasília e Guarulhos. Vamos ter obras em regime de concessão nos terminais de três principais aeroportos.”
A medida servirá para acelerar as obras necessárias para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) revelou que as obras em 9 dos 13 aeroportos em cidades-sede da Copa não ficarão prontas a tempo do mundial.
Palocci afirmou ainda que outros dois aeroportos, Confins, em Belo Horizonte, e Galeão, no Rio de Janeiro, também deverão ter execução de serviços em regime de concessão.
"Também pediu a presidenta que a Secretaria da Aviação Civil avance seus estudos sobre Confins e Galeão, que são dois aeroportos prioritários. Cinco aeroportos terão iniciativas de curto espaço de tempo em regime de concessão porque queremos combinar a urgência das obras com a necessidade de investimento público e privado para que a gente possa dar resposta a essas questões no menor espaço de tempo possível", disse.