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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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CENTRO-OESTE

Extinta por Collor em 1990, nova Sudeco é a realização de sonho

Um antigo sonho de empresários e gestores públicos começa a se tornar realidade com a recriação da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), conforme publicado no Diário Oficial da União da última quarta-feira (4). De acordo com a Lei Complementar que criou a Sudeco, em 2009, e que ainda não havia sido regulamentada, a autarquia vai administrar o Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FCO), hoje em torno de R$ 4,5 bilhões em verbas previstas no Orçamento da União.


“Era uma luta nossa de algum tempo já aqui nesta Casa e desta feita a presidente Dilma assinou o decreto criando a Sudeco”, comemorou o senador Jayme Campos (DEM/MT) após a criação ter sido noticiada em primeira mão pelo Olhar Direto.

Criada 1967 para substituir a também extinta Fundação Brasil Central, a Sudeco era gestora de metas econômicas e sociais para o desenvolvimento sustentável da Região e garantiu durante mais de vinte anos fomento econômico para projetos regionais. Em 1990 o governo Collor extinguiu o órgão.

“Certamente, eu imagino, diante da estrutura, sobretudo daquilo que está no seu regimento, vai permitir que a região Centro-Oeste do Brasil, que estava carente de uma instituição como esta, possa, de forma sustentável, buscar o desenvolvimento”, salientou o senador.

De acordo com o atual secretário da Secretaria de Desenvolvimento do Centro-Oeste (SC), Marcelo Dourado, ligado ao PSB do Distrito Federal, a Sudeco vai atender Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul de forma isonômica. Dourado informa também que superintendência terá mais autonomia orçamentária para gerenciar e repassar recursos para todos os estado da região.
 
“A Sudeco terá mais autonomia para administrar os recursos públicos ao contrário da Secretaria que era um órgão vinculado diretamente ao Ministério da Integração Nacional”, frisou o secretário, que está cotado para assumir o cargo.

A expectativa em relação à recriação da Sudeco também é alimentada há anos em função da condução do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste (FCO) que hoje detém uma receita estimada em R$ 4,7 bilhões de recursos voltados para financiar as atividades produtivas da região e tem como público-alvo micro e pequenos empreendedores.

Mas só de elogios a criação da autarquia vem precedida. O senador Delcídio Amaral (PT/MS) contestou o ressurguimento da Sudeco. Segundo ele, a existência da superintendência só faz sentido se for “uma catalisadora de investimentos” e não de ações.

“A Sudeco tem de ter um banco, a exemplo do Basa (Banco da Amazônia) para a Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e o Banco do Nordeste para a Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), do contrário, não adianta nada”, opina.

A fidelidade do PMDB à aprovação do salário mínimo de R$ 545, em março, pode ser recompensada pela presidente Dilma Rousseff. Além das vice-presidências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal para políticos do partido, Dilma destinou ao PMDB a direção da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).
O titular deverá ser o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende, que disputa a indicação com Dourado.
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