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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Convocação de Palocci será mantida se estiver no regimento, diz Maia

O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), afirmou nesta quarta (1º) que vai examinar as imagens da reunião da Comissão de Agricultura para só depois decidir sobre manter ou não a convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Maia também disse que irá manter o resultado da votação se ela tiver ocorrido de acordo com o regimento.


“Se a votação for de acordo como regimento, se a questão de ordem que for levantada não tiver amparo legal no regimento nós vamos indeferi-la. Se a questão de ordem tiver amparo legal, vamos deferi-la. Agora, preciso saber qual será a questão de ordem apresentada”, disse Maia ao chegar à Câmara nesta quarta.

Maia disse que ainda não havia assistido às imagens e que iria esperar a questão ordem para poder opinar. “Quero examinar melhor o caso, ouvir os argumentos dos envolvidos para poder tomar uma decisão se assim for instado por algum parlamentar. Pela informação que tenho, havia uma maioria no plenário que era favorável a não convocação do ministro. Uma manobra regimental é que permitiu que houvesse a convocação”, disse Maia.

O presidente da Câmara evitou comentar se sofreria desgaste político ao ter de anular a convocação do ministro da Casa Civil. Maia, no entanto, afirmou que o ministro da Casa Civil precisa explicar a sua evolução patrimonial.

“Eu acho que o ministro Palocci tem que se explicar. Agora, acho que ele já está fazendo isso à Procuradoria da República, que tem se manifestado sobre essa matéria. Prefiro aguardar o posicionamento da procuradoria para que não se transforme a questão do ministro Palocci em uma disputa política de oposição e situação”, afirmou Maia.

Reação da base
Mais cedo, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que a base governista vai solicitar ao presidente da Casa a anulação do resultado da votação que aprovou, mais cedo, a convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, na Comissão de Agricultura.

Vaccarezza classificou de “golpe” a convocação do ministro ao dizer que a oposição foi beneficiada pelo presidente da comissão, Lira Maia (DEM-PA), que encerrou a votação sem que fosse dado tempo para a manifestação dos integrantes da base.

“Quem toca o piano aqui [na Câmara] sou eu. Vamos levantar uma questão de ordem no plenário da Casa ainda hoje [quarta]. Os líderes da base vão impedir esse golpe”, disse Vaccarezza ao G1.

Ainda segundo o líder do governo, os assessores do governo na Câmara ainda estão trabalhando na elaboração do requerimento que será levado ao plenário, por isso não é possível afirmar se os governistas irão solicitar a anulação da votação ou a mudança do resultado anunciado pelo presidente da comissão.

Convocação
Mais cedo, a oposição conseguiu aprovar na Comissão de Agricultura da Câmara requerimento convocando o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, para que vá ao Congresso explicar sua evolução patrimonial.

Durante a votação do requerimento apresentado pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o presidente da comissão, Lira Maia (DEM-PA), consultou os integrantes do colegiado: “Os deputados que aprovam permaneçam como estão.” Nesse momento, os integrantes da base governista, em maioria na comissão, ficaram confusos e não levantaram os braços para rejeitar a matéria.

Diante da indecisão dos deputados, o presidente da comissão, que é da oposição, declarou a votação encerrada e aprovou o requerimento convocando Palocci. Diante da falha, líderes governistas foram para a sala do presidente da comissão e ainda tentam reverter a votação.

O requerimento do deputado do DEM solicita a convocação de Palocci para “explicar os termos da consultoria prestada pela projeto a empresas do ramo agroindustrial objeto de denúncia vinculadas na internet”.

Após reunião com a presidente Dilma Rousseff nesta segunda, o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, disse que o presidente da comissão agiu de forma antirregimental e não deu tempo para os que eram contrários levantasssem os braços. "Golpe vale?", indagou o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).
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