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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Secretário diz que PT não fará manifestação oficial sobre Palocci

O secretário de Comunicação do PT, deputado federal André Vargas (PR), afirmou nesta quinta-feira (2) que a Executiva nacional do partido não fará manifestação oficial sobre o caso do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci...

O secretário de Comunicação do PT, deputado federal André Vargas (PR), afirmou nesta quinta-feira (2) que a Executiva nacional do partido não fará manifestação oficial sobre o caso do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, no centro de uma crise no governo após notícias sobre sua evolução patrimonial.


"Não, não. É uma questão que ele está respondendo, o governo está tratando, não cabe a nós tratar de um assunto desses (..) Não tem explicações suficientes", disse Vargas na sede do partido, em Brasília, onde acontece a reunião da Executiva.

O secretário disse, porém, que a ausência de manifestação oficial não significa que o PT está silencioso - membros do partido estão opinando individualmente sobre o assunto.

“Eu mesmo já me pronunciei defendendo Palocci, os parlamentares estão defendendo o governo e as questões que interessam ao governo. Mas, sem dúvida, discutir o caso Palocci, única e exclusivamente, não é interessante para o país”, disse.

Assim como outros petistas, Vargas defendeu explicações públicas de Palocci sobre sua evolução patrimonial. "Nós do PT vamos esperar esclarecimento da Procuradoria-Geral que se torna público e temos confiança que Palocci também venha a público esclarecer", disse.

Vargas admitiu que o caso envolvendo Palocci tomou uma “grandeza considerável”, mas evitou discutir eventual substituição do ministro-chefe da Casa Civil. “Todos nós somos substituíveis, mas temos que discutir as questões que interessam ao país, declarou.

Petistas reunidos nesta quinta-feira na sede do partido defenderam que o ministro dê explicações à sociedade sobre o caso que se estende há mais de duas semanas. Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", o patrimônio do ministro teve aumento de 20 vezes em quatro anos, entre 2006 e 2010.

“O PT avalia que, como ministro, ele deve explicações ao governo, ao Ministério Público e à sociedade”, disse o secretário de Relações Institucionais do PT, Geraldo Magela, ao chegar para a reunião da executiva.

Magela afirmou, porém, que o caso é um assunto de governo e não do PT. Para o secretário, o PT avalia que, até o momento, Palocci deu as “explicações necessárias” ao partido, mas que pode ser cobrado por mais informações.

Antes da reunião, o senador Wellington Dias (PT-PI) disse, na sede do PT, que o caso trata de “questões genuinamente pessoais”. “Afeta o partido e o governo porque se trata de um membro do governo, mas não há uma relação”, respondeu Dias, ao ser questionado se o crise era um problema pessoal do ministro ou do governo. “Onde ele achar melhor, acho que é importante esse esclarecimento”, defendeu Dias, para quem Palocci deve se colocar publicamente para dar explicações.

Wellington Dias disse ainda que Palocci precisa convencer a opinião pública como fez com a bancada do PT no Senado, durante almoço na semana passada no Palácio do Alvorada. "Palocci teve reunião com a bancada, deu informações convincentes do que fazia, consultorias, palestras. Se é possível ele convencer a mim e a outras lideranças, como não é possível vir a público e convencer a opinião pública?", questionou.

Manifestações
Segundo Magela, a Executiva descartou manifestar apoio ou cobrar explicações a Palocci. "O papel do partido é acompanhar todos os desdobramentos", resumiu o secretário.

Integrante da Executiva nacional, Magela disse ainda que o PT poderá cobrar esclarecimentos de qualquer filiado seu que esteja em cargo público. Até este momento, a Executiva do PT entendeu que os esclarecimentos prestados são suficientes", disse.

O presidente do PT, Rui Falcão, deixou a reunião da Executiva para participar do lançamento do programa "Brasil Sem Miséria", no Palácio do Planalto, mas deve voltar ainda pela manhã.

A reunião discutirá, além do caso Palocci, conjuntura política do país, eleições de 2012 e reforma política.

Convocação
A oposição conseguiu aprovar na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados na manhã de quarta (1º) requerimento convocando o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, para que vá ao Congresso explicar sua evolução patrimonial. A oposição ainda tenta reverter a convocação.

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), determinou a suspensão até próxima terça-feira do resultado da votação da convocação.

Durante a votação do requerimento apresentado pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o presidente da comissão, Lira Maia (DEM-PA), consultou os integrantes do colegiado: “Os deputados que aprovam permaneçam como estão.” Nesse momento, os integrantes da base governista, em maioria na comissão, ficaram confusos e não levantaram os braços para rejeitar a matéria. Os governistas alegam que não houve tempo para se manifestarem.
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