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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Para Kassab, Alckmin é contrário à criação do PSD

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou, na manhã desta segunda-feira (20), que a criação do Partido Social Democrático (PSD) não interessa a muitos grupos políticos, mas preferiu...

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou, na manhã desta segunda-feira (20), que a criação do Partido Social Democrático (PSD) não interessa a muitos grupos políticos, mas preferiu não citar quais são esses grupos. Segundo ele, o governador paulista, Geraldo Alckmin, é contra a nova legenda, mas não há indícios de que trabalhe pela inviabilização do partido.


“O próprio Geraldo Alckmin se manifestou contrário [à criação do partido]. [Ele] Foi até muito transparente. Ele não escondeu e demitiu Guilherme Afif Domingos quando ingressou [no partido]”, declarou. Kassab disse não ver o tucano como um adversário da nova legenda. “Eu não seria injusto de aqui citar ou lembrar algum episódio do governador. Eu ficaria muito desapontado se ele tivesse trabalhando contra. Seria um desserviço à democracia. Não o colocaria como um adversário.”

Kassab participou de uma sabatina promovida pelo jornal “Folha de S.Paulo”, no Teatro Folha, no Shopping Higienópolis, na região central de São Paulo.

O prefeito afirmou também que está tranquilo em relação à coleta de assinaturas para viabilizar a criação do PSD antes da próxima eleição. Ele defendeu os simpatizantes que atuaram na coleta de assinaturas quando questionado sobre a possibilidade de constarem nomes de mortos nas listas.

“No momento em que faz uma arrecadação de assinaturas popular, que é a única maneira de fazermos a coleta de 500 mil assinaturas, você tem imperfeição nessa arrecadação. Posso afirmar que não é má-fé de dirigentes regionais do partido. Só falta alguém imaginar que um partido para nascer vai burlar a lei colocando entre milhares de pessoas duas ou três pessoas que morreram. Isso é imperfeição ou inocência de algum militante ou algum apoiador.” A “inocência” do apoiador, segundo Kassab, está em não checar os dados, mas ele reconhece a possível irregularidade. “Algo de errado tem, porque precisa de assinatura para ter lá o nome do morto”, afirmou.

Na sexta-feira (17), Kassab determinou a abertura de uma investigação interna na Prefeitura de São Paulo para apurar denúncias de que servidores públicos estavam utilizando a máquina administrativa para pedir assinaturas em favor da criação do PSD. Um servidor da Subprefeitura da Freguesia do Ó, na Zona Norte, pediu exoneração.

O vereador Antonio Donato (PT) anunciou na quinta (16) o início da coleta de assinaturas na Câmara Municipal de São Paulo para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a denúncia de que houve uso da máquina pública para convencer servidores públicos municipais a assinar a lista de criação do PSD.

O prefeito afirmou que já foram coletadas por volta de 1,2 milhão de assinaturas e disse que cerca de 100 mil já foram reconhecidas pela Justiça Eleitoral.

Copa
Sobre a Copa do Mundo de 2014, o prefeito afirmou que São Paulo concentra todos os esforços para que o estádio de Itaquera, na Zona Leste, seja escolhido para sediar a abertura do evento. “Não tem plano B. O nosso único plano é o [estádio do] Corinthians. Não temos tempo para nenhuma outra alternativa. Essa é a razão do nosso esforço, do nosso trabalho para procurar ajudar o Corinthians a viabilizar a construção do seu estádio”, disse.

Kassab negou, porém, que a isenção fiscal da qual a construção da nova arena vai se beneficiar constitua investimento público. “Não é bem dinheiro público. Existe uma lei de incentivo [para investimentos na Zona Leste] para qualquer investidor. Portanto, não é algo direcionado para o Corinthians”, declarou. De acordo com o prefeito, segundo dados da SPTuris, a cidade de São Paulo conseguirá captar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão durante o evento.

Aliança com PT
Apesar das declarações de Gilberto de Carvalho de que dados sobre a situação financeira do ex-ministro Antonio Palocci, que levaram a sua demissão, tenham se tornado públicos pela Prefeitura de São Paulo, o prefeito afirmou que as relações administrativa e política com o governo federal são “positivas”.

Ele citou que o partido não aprovou no fim de semana o veto a uma possível aliança com a nova legenda que pretende criar. “Eu saúdo essa decisão, agradeço o PT pela decisão. Isso mostra que existe compreensão do PT com relação à importância do PSD no cenário da democracia brasileira”, disse.

No entanto, Kassab disse considerar difícil o estabelecimento de uma aliança entre os dois partidos na capital. “No plano municipal, aqui em São Paulo, eu acho difícil [uma aliança] até porque nós surgimos em São Paulo em oposição ao que fez a administração do PT”, declarou aos jornalistas após a sabatina.
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