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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Temer: Governo não tem medidas 'no forno' por exterior

O vice-presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira que o governo não prepara neste momento medidas econômicas para enfrentar o cenário de eventual piora da situação na Europa e nos Estados Unidos.


'Não, neste momento, emergenciais, nenhuma', disse Temer a jornalistas, depois de ser questionado se havia medidas 'no forno'.

Segundo Temer, que conversou com a imprensa após a reunião de coordenação nesta manhã, o ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, fez 'um breve relato' sobre a conjuntura na Europa, onde a crise da dívida atinge vários países da zona do euro, e nos Estados Unidos, que enfrenta um impasse parlamentar nas discussões para autorizar a elevação do teto da dívida.

'Houve uma análise principalmente da questão dos Estados Unidos', disse Temer, acrescentando que a expectativa é de que, se o acordo não sair, o presidente Barack Obama recorra à Corte Suprema para garantir os pagamentos da dívida.

'Não analisamos eventuais medidas que virão se eventualmente vier uma crise', disse o vice-presidente.

Os EUA precisam chegar a um acordo para elevar o limite da dívida e evitar um possível default. O Congresso norte-americano tem prazo até 2 de agosto para permitir o aumento do limite de financiamentos do país, atualmente em 14,3 trilhões de dólares, e liberar o Tesouro a captar mais recursos e manter o governo solvente.

Apesar de haver preocupação com as dificuldades de Obama para conseguir elevar o teto da dívida, o governo brasileiro acredita que antes do dia 2 de agosto será construído um acordo entre republicanos e democratas.

'Nós consideramos muito pouco provável que não haja um acordo (para elevar o limite do teto da dívida)', disse à Reuters o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, após a reunião.

Na avaliação do governo, se não houver um consenso nos Estados Unidos, todas as economias seriam afetadas. 'Aí é evidente que ninguém escapa das consequências. Muda o cenário econômico mundial', avaliou Carvalho, acrescentando que na reunião não foram analisadas possíveis dificuldades específicas para a economia brasileira.

Mais cedo, em entrevista coletiva em Florianópolis (SC), a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi na mesma linha e disse que o Brasil não é 'impermeável' às crises na Europa e nos Estados Unidos e, por isso, 'há uma permanente vigília da equipe econômica'.

No Velho Continente, autoridades europeias e executivos de bancos comerciais reúnem-se na quinta-feira em Bruxelas para discutir os termos de um segundo socorro financeiro à Grécia e também tratar de crises na Irlanda e em Portugal.

Essa é a segunda reunião de coordenação política do governo convocada por Dilma para debater o cenário econômico mundial. Na semana passada, Barbosa já havia feito uma apresentação aos principais ministros sobre o tema.
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