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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Parente no governo cria problema, diz Sarney sobre irmão de Jucá

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu nesta terça-feira (2) apuração das denúncias reveladas por Oscar Jucá Neto, o Jucazinho, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), contra o Ministério da Agricultura. Sobre o constrangimento criado para o líder do governo diante das acusações do irmão, Sarney afirmou que “parentes sempre criam problemas” quando alojados na máquina pública.


“Todas as denúncias [na pasta da Agricultura] o governo deve mandar apurar. Uma vez comprovadas, deve punir. Essa é a orientação da presidente Dilma. Quanto ao episódio do irmão do nosso senador Jucá, ele pediu desculpas [a Dilma], porque essas declarações não eram dele. Posso dizer que parente no governo sempre cria problemas. Se não cria para o governo, cria para o parente”, disse Sarney.

O irmão do líder do governo foi exonerado da diretoria da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) depois de autorizar – sem a permissão e com verba que não serviria para tal finalidade – um pagamento para uma suposta empresa de fachada.

Jucazinho disse à revista “Veja” que existiria um esquema de corrupção envolvendo o Ministério da Agricultura e o ministro Wagner Rossi. Segundo Jucazinho, o PMDB, partido do seu irmão e do ministro, teria transformado o ministério em uma “central de negócios”.

Após a entrevista, o líder do Senado pediu desculpas para a presidente Dilma Rousseff nesta segunda. Nesta terça, Jucá reconheceu o desgaste.

“Meu irmão errou e, ao errar, me expôs. Há um desgaste? É claro que há. É lamentável, mas só tenho que trabalhar a partir de agora para superar isso”, disse Jucá.

Sobre a possível blindagem de ministérios comandados pelo PMDB em relação à faxina que Dilma empreendeu no Ministério dos Transportes, Sarney afirmou que todos os partidos estão sujeitos a investigações.

“Todos nós estamos cientes disso [orientação de Dilma] de agir com rigor em toda essa parte relativa a irregularidades na administração pública. É uma atitude de governo, o PMDB não está isento, como nenhum partido está. Pessoas ligadas ao PMDB devem ser investigadas como todas as outras”, afirmou Sarney.
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