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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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HÁ 50 ANOS

Júlio relembra Campanha da Legalidade em exposição

Júlio relembra Campanha da Legalidade em exposição
A Câmara dos Deputados inaugurou hoje (24/8) uma exposição fotográfica com painéis e documentos históricos para homenagear os 50 anos da Campanha da Legalidade. O movimento, liderado pelo então governador do Rio Grande do Su, Leonel de Moura Brizola, garantiu a posse do então presidente João Goulart, que havia sofrido a primeira tentativa de Golpe Militar, em 1961.


O deputado Júlio Campos (DEM/MT) participou da inauguração da exposição. Ele lembra que tinha 13 anos quando soube, por meio do rádio, da tentativa dos militares de tomar o poder aproveitado-se da ausência de 'Jango', que estava em visita à China e era considerado comunista.

Durante duas semanas, entre agosto e setembro, Brizola liderou a Cadeia da Legalidade, quando tomou a frente na transmissão de uma cadeia de rádios liderada pela Rádio Guaíba e, dos porões do Paláciop Piratini, em Porto Alegre, sede do governo gaúcho, convocou a população brasileira a pegar em armas e a defender a legalidade e a posse de Jango, que havia sido eleito para suceder Juscelino Kubitschek na presidência da república.

"Meu pai era do antigo PSD e apoiava Jango e os legalistas. Eu tinha treze anos na época, mas lembro que ele sintoniza a cadeia de rádios para ouvir o Brizola defendendo a posse de Jango. A gente vivia em Várzea Grande naquela época e acompanhávamos as notícias por rádio. Foi um movimento muito importante naquele momento do país", destaca.

Para o deputado, a população tinha certeza de que sairia vencedora diante daquela tentativa de derrubada de um regime democrático. Ele destaca ainda que o Brasil teria resistido ao golpe de 1964 caso fosse essa a intenção do então presidente João Goulart.

"A gente tinha certeza que o Brasil ia sair vencedor naqueles dias de 1961. Havia muita esperança por parte da população de reformas e desenvolvimento para a população. Sabíamos também que se Jango quisesse ter resistido, nunca tebria acontecido o golpe militar de 1964. Ele optou por não ter lutar armada no Brasil". analisa.

João Goulart assumiria a presidência da república depois da repentina renúncia do então presidente eleito Jânio Quadros, que alegara a existência de forças ocultas, ou seja, um complô militar, que preparava para tomar o poder.

A exposição elaborada pela consultoria legislativa da Câmara dos Deputados trouxe alguns equipamentos usados pelo então governador gaúcho para comandar a rede de rádios que garatiu a posse de João Goulart, em Brasília, no dia sete de setembro de 1961.

Seguem expostos no corredor das exposições recortes de jornais da época e fotos histórias como as de Brizola empunhando armas em defesa do Palácio Piratini, que estava ameaçado de ser bombardeado pelas forças militares.

Além de mobilizar a Brigada Militar para proteger os principais pontos da capital gaúcha de um ataque millitar de forças insurgentes comandadas pelo Exército no Rio de Janeiro e São Paulo, Brizola contou com o apoio decisivo do Comando Comando Militar do Sul, que ajudou a evitar o que poderia se transformar em uma guerra civil no auge da Guerra Fria.
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