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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Não é possível dar reajuste de 56% para servidores do Judiciário, diz líder

O líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou nesta segunda-feira (5) que não é possível atender à reivindicação do Judiciário de aprovar um reajuste salarial de mais de 50% para servidores do Judiciário. Vaccarezza disse que o projeto que está na Casa "não pode ser votado".


"O problema é que não é possível hoje atender uma reivindicação de dar um reajuste de mais de 50% para o setor, por mais importante que seja. Acho que o caminho é o bom diálogo com Judiciário, Executivo, Legislativo e chegar a uma alternativa para o Judiciário. O projeto que está aqui não pode ser votado", disse.

Vaccarezza disse que o tema não foi discutido na reunião da coordenação política nesta segunda, entre a presidente Dilma Rousseff, ministros e líderes no Congresso. Vaccarezza, porém, disse que falou sobre o assunto com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, na última sexta-feira (2), por telefone.

"Não queremos fazer nenhum gasto que comprometa a administração do país. O gasto é: investimento, saúde e educação. [..] O aumento do Judiciário eu conversei com a Miriam e também o aumento está no patamar do que discutimos do funcionalismo. Existe um processo de discussão, não é possível você dar um aumento de ou superior 50% a uma categoria. Não tem condição de fazer isto agora", afirmou.

O Judiciário quer um aumento de 14,79% para os magistrados e de 56% para os servidores, o que gera uma despesa estimada em R$ 7,7 bilhões por ano. Na última sexta, o Planalto enviou ao Congresso o pedido do Judiciário após mal estar entre membros do STF.

A despesa não constava do texto original do orçamento entregue na última quarta (31) pelo Executivo ao Congresso. O que o governo fez nesta sexta foi repassar ao Congresso o pedido feito pelo Judiciário, para que os parlamentares decidam se o gasto será incluído no orçamento do ano que vem.

Vaccarezza afirmou que cerca de 10 associações ligadas ao Judiciário pediram audiência com ele, para o próximo dia 21.

Coordenação política
Segundo Vaccarezza, a presidente Dilma Rousseff demonstrou preocupação, durante a reunião da coordenação política, com a expectativa do aprofundamento da crise econômica internacional. O alerta foi feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, aos presentes na reunião.

" A expectativa é o Brasil reagir de forma firma à crise e, inclusive, aproveitando este momento como de grandes possibilidades de melhorarmos nossa economia.[..] A crise está aumentando, está claro que alguns países terão recessão e que os EUA não vão crescer tanto quanto gostariam de crescer", relatou o líder.
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