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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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"Marcha contra corrupção não substitui grito dos excluídos"

Foto: Lucas Bólico/OD

Grito dos Excluídos realizado em Cuiabá

Grito dos Excluídos realizado em Cuiabá

A primeira Marcha contra a Corrupção, organizada via internet, foi considerada um sucesso por ter reunido mais de 25 mil pessoas. A manifestação ofuscou o desfile militar de sete de setembro, em Brasília, no feriado da independência e levou paras ruas muita gente insatisfeita com os rumos do país no campo político.


O protesto conseguiu mais apoio popular do que o Grito dos Excluídos, tradicional manifestação que chegou à sua 17ª edição e é organizada por movimentos sociais durante os desfiles militares para atrair a atenção dos poderes e da sociedade por mais justiça social.

Ficou nítida existência de dois públicos distintos nos dois movimentos. De um lado, a classe média conectada às redes sociais saindo do marasmo e tomando as ruas para demonstrar sua insatisfação. De outro, os próprios excluídos e suas enormes mazelas ignoradas pelo poder público.

Para o ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT), e atualmente secretário de Articulação com os Sistemas de Ensino do Ministério da Educação, a Marcha contra a Corrupção não subsitui o Grito dos Excluídos.

"A Marcha contra a Corrupção é legítima, é organizada pela internet pela sociedade civil, mas não deve substituir nem se sobrepor ao Grito dos Excluídos, que é uma manifestação histórica pela justiça social. São dois movimentos distintos", afirmou.

Em Brasília, os manifestantes da marcha se vestiram de preto, usaram narizes de palhaço, faixas e cartazes para criticar a absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), na semana passada, o voto secreto no Congresso Nacional, os recentes escândalos de corrupção no governo e a manutenção do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no comando do Legislativo. Pediram até a destituição de Ricardo Teixeira da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Com o tema "Pela vida grita a terra. Por direitos todos nós", os manifestantes do Grito dos Excluídos criticaram os impactos das obras da Copa do Mundo 2014 sobre algumas comunidades, em especial a remoção de famílias dos seus locais de origem. Eles também reivindicaram moradia, saúde, trabalho e educação. Os participantes, dentre eles índios, negros, jovens, mulheres, homens, idosos e até bebês, são lidados, em sua maioria às Pastorais Sociais e a movimentos sociais.
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