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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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agravamento da crise

Dilma afirma que Brasil precisa se preparar para agravamento da crise

Nesta quinta-feira (22), os mercados viveram um dia de pânico. A reportagem é da correspondente Elaine Bast. Foi mais um dia de ladeira abaixo para as ações no mundo todo. Com a crise econômica rondando o pregão...

Nesta quinta-feira (22), os mercados viveram um dia de pânico. A reportagem é da correspondente Elaine Bast. Foi mais um dia de ladeira abaixo para as ações no mundo todo. Com a crise econômica rondando o pregão, ninguém quer arriscar. Na quinta, foi anunciado que o índice de atividade industrial da China encolheu em setembro pelo terceiro mês seguido. Na zona do euro, foi a primeira retração da atividade industrial em dois anos.


O comunicado divulgado pelo Banco Central americano após o anúncio das medidas para estimular a economia deixou muita gente preocupada. Segundo o Federal Reserve, há riscos significativos de que a situação econômica nos Estados Unidos e também no mundo piore. A possibilidade cada vez maior de calote da Grécia e a crise da dívida em outros países europeus só pioram o cenário de incertezas.

Nos Estados Unidos, o principal índice da Bolsa americana, o Dow Jones caiu 3,5%. Em uma reunião em Washington, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, disse que a crise dos países desenvolvidos pode atingir os emergentes como o Brasil.

“Europa, Japão e Estados Unidos devem agir antes que estes problemas econômicos se tornem grandes problemas também do resto do mundo. O mundo entrou numa zona de perigo. Em 2008, muitas pessoas não viram a turbulência chegar. Agora os líderes mundiais não têm essa desculpa”, declarou o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que é preciso tomar ações rápidas. “Nós todos estamos nisso juntos e podemos achar uma solução conjunta. Na perspectiva do Fundo Monetário, nossa análise diz que há espaço para recuperação”, afirmou.

Em entrevista exclusiva ao repórter Luís Fernando Silva Pinto, em Washington, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que se os europeus não se entenderem quanto aos caminhos para resolver a crise, a tendência é que ela se agrave.

“Daqui a pouco meu medo é que mexa com crédito, faltar crédito para o comércio. O Brasil está preparado. É claro que podemos sofrer consequências, mas estamos bem preparados. O que não temos é antídoto para a queda dos mercados, porque nesse momento caem os mercados e aí talvez nós tenhamos uma redução das nossas exportações”, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Para Mantega, é preciso urgência para achar a solução para o problema. “Nós não só apostamos na resolução da crise, como estamos trabalhando para que ela aconteça, porque depende de uma decisão política desses governos de tomarem logo essas medidas. Cada dia que passa fica mais difícil e mais caro resolver a crise. Então, é bom que eles se apressem”, acrescentou o ministro Guido Mantega.

Em Nova York, a crise econômica também foi o tema da entrevista que a presidente Dilma Rousseff deu à imprensa no início da tarde de quinta-feira (22) antes de voltar ao Brasil. Segundo ela, o país precisa se preparar para um eventual agravamento da crise.

“Não se pode alegar que não sofremos as consequências diretas da crise. Sofremos. Primeiro, porque o mercado internacional se reduz na medida em que as economias desenvolvidas diminuem o tamanho dos seus mercados, na medida em que há desemprego, na medida em que há contração da demanda. O Brasil tem de se preparar cada vez mais para isso. Nesse momento, que é um momento de volatilidade dos mercados e de nervosismo dos mercados, nossa atitude é de calma, tranquilidade e de estabilizar todo o processo”, afirmou a presidente Dilma Rousseff.
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