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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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PGR diz não ver indício de envolvimento de Lupi em fraude

Foto: Divulgação

PGR diz não ver indício de envolvimento de Lupi em fraude
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta terça-feira (8) que não há indícios do envolvimento do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, na denúncia sobre um suposto esquema de cobrança de propina na pasta a entidades sem fins lucrativos.


Segundo Gurgel, caso a apuração não revele indícios contra o ministro, a denúncia publicada pela revista “Veja” do último final de semana será investigada pela Procuradoria da República no Distrito Federal.

“Por enquanto, os elementos dizem respeito a irregularidades em programas do Ministério do Trabalho, mas não apontam, pelo menos neste primeiro momento, o envolvimento direto do ministro”, disse o procurador-geral.

Reportagem publicada neste fim de semana pela revista "Veja" aponta envolvimento de funcionários da pasta em um suposto esquema de desvio de recursos de convênios com entidades privadas. Por conta das denúncias, o ministro Carlos Lupi afastou no sábado (5) o coordenador de qualificação da pasta, Anderson Alexandre dos Santos.

Gurgel, no entanto, não descartou a possibilidade de que a investigação tenha de ser feita pela PGR, devido à possibilidade de participação do deputado federal Weverton Rocha (PDT-MA), que foi assessor especial do ministro.

“Se surgirem indícios do envolvimento de alguma autoridade com prerrogativa de foro, como essa ventilada de que haveria um hoje parlamentar, então o assunto será remetido à PGR, mas o importante é que a investigação tenha início”, completou Gurgel.

Apuração
Parlamentares do PDT, partido do ministro Lupi, e do PPS enviaram pedidos à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que seja investigada a suposta cobrança de propina no Ministério do Trabalho.

"As denúncias são graves e precisam ser investigadas. Não há nada de anormal em pedir uma investigação de denúncias que são graves", afirmou pó deputado federal Reguffe (PDT).

De acordo com a reportagem da revista, a suposta propina era cobrada para retomar os contratos quando a fiscalização identificava irregularidades na prestação de contas das ONGs, e os repasses relativos aos convênios eram suspensos. Segundo a revista, o dinheiro só voltava a ser liberado a partir do pagamento de valores que variaram de 5% a 15 % do valor do contrato.

A revista “Veja” apontou três assessores diretamente ligados ao ministro que supostamente estariam envolvidos nas irregularidafes: o então assessor especial e deputado federal Weverton Rocha (PDT-MA), o então chefe de gabinete, Marcelo Panella, e o ex-coordenador-geral de qualificação do ministério, Anderson dos Santos, demitido no último sábado (5).

No pedido de investigação, o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno, afirmou que, apesar de ainda não haver indícios contra Carlos Lupi, a gravidade das denúncias justifica a apuração.

“Não está claro, contudo, qual é a extensão do real comprometimento do Senhor Carlos Roberto Lupi em todo esse esquema. Todavia, diante da importância dos assessores envolvidos nas acusações, tudo leva a crer que é verossímil a possibilidade de que haja um comprometimento do Ministro do Trabalho com a suposta cobrança de propinas”, afirmou o líder do PPS.
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