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Quinta-feira, 15 de agosto de 2024

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Sete dias após bate-boca no STF, ministro não fala sobre dicussão

Sete dias depois da discussão que travou em plenário com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, o ministro Joaquim Barbosa participou na manhã desta terça-feira (28) de seu primeiro compromisso oficial após o bate-boca. Ele proferiu uma palestra sobre improbidade administrativa na esfera eleitoral, no auditório da Justiça Federal, em Brasília.


Ao final do evento, Barbosa preferiu não dar entrevistas. Durante o discurso, ele não citou o episódio da semana passada, se atendo exclusivamente ao tema da palestra. Nesta semana, o ministro está licenciado do STF para tratamento médico – ele sofre de problemas na coluna -, e deve retornar à Corte somente na semana que vem.

Durante a palestra, porém, a discussão entre Barbosa e Mendes não deixou de ser citada, embora de forma indireta. A referência foi feita pelo procurador da República no estado de Goiás Hélio Telho, um dos palestrantes, que pediu para quebrar o protocolo antes de se solidarizar com Joaquim Barbosa.

“Eu vou quebrar o protocolo, porque fui incumbido de ser o porta-voz do sentimento de solidariedade e e carinho dos procuradores do estado de Goiás, por Vossa Excelência dizer aquilo que precisava ser dito”, disse o procurador, em referência a discussão entre os ministros da mais alta Corte do país.

Bate-boca

Na sessão plenária da última quarta-feira (22), Joaquim Barbosa acusou o colega Gilmar Mendes de estar “destruindo a Justiça deste país” e “a credibilidade do Judiciário brasileiro”.

Ao ser repreendido pelo presidente da Corte, que pediu respeito, Barbosa elevou o tom das críticas. “Vossa Excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro”, disse. Na sequencia, o presidente do STF encerrou a sessão.

À noite, após três horas e meia reunidos, oito dos 11 ministros do Supreo divulgaram nota em que se solidarizaram com Gilmar Mendes, mas decidiram não formular qualquer punição a Barbosa. Eles, porém, decidiram cancelar a sessão plenária da última quinta (23), devido à gravidade do bate-boca.

No dia seguinte à discussão, Mendes disse em entrevista que não havia crise no STF. “Está superado. Não há crise, não há arranhão. O tribunal tem trabalhado muito bem. Nós temos resultados expressivos. Vocês podem avaliar que a imagem do judiciário é a melhor possível”, afirmou Mendes, na ocasião.
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